<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/09/06/497385/20150904195152229657o.JPG" alt=""O poderoso no filme Cine Drive-in é isso: pessoas mantém vivo aquilo que amam. Penso nisso: o que é importante na vida? É ser o presidente dos Estados Unidos? É ser rei de não sei onde? Importante mesmo é o que elegemos para este posto, na nossa subjetividade"" /></p><p class="texto"> </p><p class="texto"><em>A base de Breno Nina, ator que contracena com Othon Bastos em O último cine drive-in é em São Luís; mas a formação dele, em grande parte, se deveu aos esforços nos corredores da Universidade de Brasília. Foi lá que ele, premiado melhor ator, conheceu a atriz com quem divide a cena em Plano sobre queda: ninguém menos do que Camila Márdila, a brasiliense que levou prêmio no último festival de Sundance. Em comum, além da participação no curta Procedimento Hassali ao alcance do seu bolso, Márdila e Breno Nina têm o fato de contribuir para uma nova imagem da capital: a do talento. Comprometimento político, aprendizado, humildade e simpatia, igualmente, se equilibram, ao conhecermos Breno Nina, o maranhense de afiado português, que, em 2011, se mudou para o Rio. Nesta entrevista, ele fala sobre a trajetória de desafios e conquistas.</em><br /><br /><strong>Como foi o começo de tudo? Por que artes cênicas?</strong><br />Foi no teatro, em São Luis, na minha escola Colégio Educator. Até hoje, tenho muito respeito por Sérgio Elal, que foi meu primeiro diretor. Lembro-me de uma performance dele, adiantando para os alunos que a escola ofereceria curso de teatro. Bem ali, aconteceu uma grande coisa na minha vida. O trem pegou uma bifurcação, o que me definiu muito. Fomos bem-sucedidos, no grupo de teatro escolar, muito apoiado. Fiz o curso de comunicação na UnB, onde cheguei aos 17 anos. Estive dois anos no Rio, mas passei sete na UnB. Quando eu vim a Brasília para fazer comunicação, segui com o teatro, na Companhia da Ilusão, do Alberto Bruno. Trabalhei com o Bernardo Felinto numa peça que a gente fez e apresentou no Centro Cultural de Brasília. Na publicidade, fiz muitos amigos no audiovisual. Dirigi um curta, no meu projeto final. Trabalhei com várias pessoas de Brasília: a Luciana Martuchelli, depois, com o Hugo Rodas. Rodas, para mim, foi daqueles momentos que dividem águas, pelo nível de profundidade. Ele tem um projeto de extensão na UnB, com o grupo de A Macaca, em que apresentei a peça A sala.<br /><br /><strong>Quem você, recentemente premiado, admira, entre os atores?</strong><br />Eu me sinto muito honrado pelo prêmio em Gramado, pelo fato de ser de São Luís. Um ator ; descontando o Othon Bastos, que já é essa lenda ; é o Irandhir Santos, e ele, para mim, é uma curva fora da reta. Numa noite de tempestade escura, Irandhir é um farol que lança uma luz para quem quer caminhar em segmento artístico razoável. Eu me inspiro no trabalho dele: acho que nele tem algo que quero manter comigo. Tu falaste sobre esse prêmio abrir portas para tevê: estive nela, com Cheias de charme. Vi como a coisa funciona. No aprendizado, espero que Irandhir me inspire ; queria muito conhecê-lo e trabalhar com ele. Mas espero é me manter instigado a estar na profissão, pelos personagens desafiadores, com colaboração numa bela obra de arte.<br /><br /><strong>Como solidificou a sua formação?</strong><br />Na extensão da UnB, tínhamos três horas de treinamento, de verdade. Hugo Rodas é um mestre que te modifica para o resto da vida. Não há como definir o método. Ele repassa aprendizado de vida. Não era nem entrega, nem troca corporal, nem voz: era tudo. Há precisão, perfeição e nível de exigência instigantes. Tentávamos atingir o impossível. Nas críticas, ouvia puxões de orelha para ter mais controle de corpo, maior domínio. E eu, meio desengonçado (risos). E o Hugo me ensinou a trabalhar o domínio do corpo. Acessei aquilo, por ele. Antes, veio a Luciana Martuchelli, com trabalho superimportante de cursos de cinema. Me deu base, e parti para a companhia Inspiração. Em paralelo, comecei a fazer curtas na faculdade.<br /><br /><strong>Alguns de repercussão?</strong><br />O Procedimento Hassali ao alcance do seu bolso, que é do Saulo Tomé, é um curta da UnB pelo qual tenho muito carinho. Um dos curtas com prêmios e que achei especial foi A menor distância entre dois pontos, com o Sérgio Sartório, que eu dirigi com o Elias Guerra. Na trama, na Ponte JK, dois homens-bomba iam fazer um ataque terrorista, só que interpretavam errado o código e confundiam as coisas (risos). O filme foi para a Mostra Brasília (2010), no 43; Festival de Brasília, e a gente ganhou o prêmio de melhor curta digital. Eram uns 89 filmes na Mostra Brasília, e ficamos muito felizes!</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/diversao-e-arte/2015/09/03/interna_diversaoearte,181067/o-rock-tira-a-gravata.shtml">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php">aqui</a>. </p>