Ricardo Daehn
postado em 20/08/2015 07:34
;Por onde tem passado, nosso filme tem tido um excelente retorno do público ; seja no Brasil, seja no exterior. Os espectadores se envolvem e se emocionam com a história de O outro lado do paraíso, além de a produção despertar a curiosidade por um período pouco estudado nas escolas;, observa o diretor André Ristum, ao comentar os frutos criados na adaptação de livro assinado por Luiz Fernando Emediato. Em setembro, o filme integrará o 48; Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, concorrendo com mais três longas pelo Troféu Câmara Legislativa (com premiação superior a R$ 100 mil para longas).
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A trama, bem atual ; já que fala de desmantelamento de sonhos por implicações políticas ;, expõe a relação de admiração do menino Nando pelo pai, Antônio, ainda nos tempos de vigência do governo do presidente João Goulart. Enquanto uma sessão feita em São Paulo, com alunos de escolas públicas, lotada, transcorreu em silêncio absoluto, no recente 43; Festival de Cinema de Gramado, o prêmio de melhor filme (na visão do público) confirmou a empatia. ;Agora, o maior desafio será fazer as pessoas decidirem, entre tantas opções, entrar na sala aonde exibiremos o filme;, diz Ristum.
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Com estreia prevista no circuito para 24 de setembro, O outro lado do paraíso, ambientado na Brasília e na Taguatinga dos anos de 1960, pode contribuir no rearranjo do conceito de ditadura no imaginário nacional.
;Acho que muitos não têm a visão correta do que foi, pois acreditam que durante este período aconteceram muitas coisas positivas para o país. Se esquecem do país que foi deixado ao primeiro presidente civil, em décadas, afundado em enorme dívida externa, inflação estratosférica e desigualdade social absurda. Ademais, a crença de que as injustiças e a violência ocorreram apenas com cidadãos à frente de certo envolvimento político é totalmente infundada e o filme tenta esclarecer isso;, avalia o diretor André Ristum.