Há seis anos, o trono está vago. Desde que Michael Jackson morreu, em 2009, os nomes de diversos jovens artistas fazem parte do debate sobre quem vai ocupar o vazio deixado pelo Rei do Pop. Apesar de talentosos, é difícil apontar, entre Usher, Justin Timberlake, Justin Bieber, Chris Brown, Jason DeRulo e outros, quem tem se sobressaído e deixado um legado duradouro na cultura pop atual. A resposta para essa busca, talvez, não esteja entre os jovens, já que um contemporâneo ; e rival à época ; de Michael Jackson continua vivo e produzindo material de qualidade.
Apesar de parecer viver à margem dos holofotes, Prince não perdeu a majestade e continua no mesmo nível e frequência de produção de seu auge nos anos 1980 e começo dos anos 1990. Isso pode ser comprovado pelas seletivas aparições, como em 2007, no Super Bowl ; cujo show foi considerado um dos melhores de todos os tempos do evento ; até os dias atuais, quando a presença no Golden Globe e no Grammy causaram mais frenesi nos convidados do que os próprios artistas premiados.
Apesar do status de sumidade, adquirido nos anos 1980 devido à qualidade com que aproximou o rock, o r, o funk e o soul para criar algumas das músicas mais memoráveis de todos esses estilos, Prince não repousa nas glórias do passado. Conhecido por ser um dos artistas mais prolíficos do pop, Prince lançou, no ano passado, em parceria com a banda 3rdEyeGirl ; formada apenas por mulheres ; dois novos álbuns: Art official age e Plectrumelectrum, preenchidos com a mesma inventividade e excitante mistura de estilos que caracterizam o som do músico. ;A genialidade de Prince continua intacta. E estranha como sempre;, escreveu a revista Rolling Stone sobre os trabalhos.
Além disso, Prince lançou três singles neste ano: Hardrocklover, What if? e Baltimore. Essa última veio acompanhada por um concerto para tentar trazer um pouco de paz a uma cidade que viveu momentos tensos após a revolta da população em decorrência da morte do jovem negro Freddie Gray no fim de abril, seis policiais de Baltimore foram indiciados pela morte de Gray, que aconteceu enquanto ele estava sob custódia). ;Ele tocou solos impressionantes na guitarra, no baixo e no piano, exibindo a virtuosidade que o transformou em uma lenda;, escreveu o repórter da Rolling Stone Evan Serpick, que também destacou comentários do músico sobre a situação tensa da cidade. ;O sistema está quebrado. Nós precisamos de jovens para consertá-lo. Nós precisamos de novas ideias e nova vida;, bradou Prince, demonstrando que não é só na parte musical que continua afiado.
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