Semanas depois de lançar sua abordagem visceral do racismo no Brasil com o clipe de ;Boa esperança;, Emicida voltou a tratar do assunto em postagem confessional no Facebook. Na tarde desta terça-feira, 21, o rapper paulistano contou na rede social que um taxista recusou-se a viajar com ele e um amigo, também negro, a bordo. "Entramos e sentamos no banco traseiro, ele nem liga o carro, vira e diz que não podem ir duas pessoas no banco traseiro", relatou.
A discriminação implícita é contrastada pela popularidade do músico, que conta ter atendido diversos fãs entre as tentativas de conseguir um táxi. "O taxista não era fã de rap. No final, a gente era só dois pretinhos e como Gil e Caetano cantaram em ;Haiti;, todos sabem como se tratam os pretos", observou. A prática, o artista afirma, é rotineira.
No mesmo dia, a funcionária de uma casa lotérica havia se incomodado com o fato do amigo de Emicida estar usando boné dentro do estabelecimento. "Haviam outras três pessoas de boné na lotérica, comigo quatro, e quem adivinhar a diferença entre elas e o Djose ganha um brinde. Sem novidade", comentou o artista.
Confira o relato completo de Emicida:
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