<p class="texto"> </p><p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/07/22/491338/20150721171025829482e.jpg" alt="Sérgio Abranches: o livro é uma celebração à vida" /> </p><p class="texto"> </p><p class="texto">Clarice é uma professora e escritora bem-sucedida que, prestes a completar 60 anos, recebe uma notícia inesperada: um câncer em estágio terminal que lhe dará apenas poucos meses de vida. É em torno da premissa de morte de Clarice que Sérgio Abranches constrói seu novo romance ficcional, <em>Que mistério tem Clarice?</em>, que será lançado, hoje, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, às 19h.<br /><br />A morte, compartilhada com o leitor já no primeiro parágrafo do livro, serve de ponto de partida para a construção de uma história que fala, antes de tudo, da própria vida. Clarice, mãe de um casal de filhos adultos, tem um segredo anterior ao nascimento dos dois, e precisa decidir se deve compartilhá-lo com eles ou não.<br /><br />;O desafio foi duplo, escrever uma história que interessasse o leitor, mesmo contando no primeiro parágrafo sobre a morte da personagem principal e o desafio narrativo de me colocar no lugar de uma mãe;, explica Abranches.<br /><br />Através da história de vida de Clarice, o escritor e sociólogo se propôs a abordar questões como a memória, a identidade e a história recente do país; ao mesmo tempo, Abranches coloca em questão experiências pessoais dos personagens. ;O livro tem um certo cosmopolistismo;, esclarece. ;Eu queria escrever uma história sobre a ditadura, mas que fosse também contemporânea, tivesse um lado ambiental, político, falasse sobre coisas que me interessam, como viagens.;<br /><br />Para construir uma narrativa concentrada na relação de uma mãe com os próprios filhos, o escritor precisou fazer não só um ;exercício de observação;, mas se colocar no lugar de uma mãe diversas vezes para entender quais poderiam ser os sentimentos envolvidos nessa relação, especialmente perto do fim da vida, e com os mistérios de Clarice.<br /><br />A alteridade, inclusive, é uma característica fundamental na obra que procura construir uma ;celebração da vida;, como define Abranches. As perspectivas literárias e filosóficas se mostram presentes nos personagens. ;É um livro sobre escolhas;, explica. Tendo enfrentado o medo de<br />escrever uma obra que pudesse ser considerada ;deprimente;, o escritor se debruçou sobre o objetivo de escrever um livro que falasse sobre a morte, mas que fosse sobre a vida. ;A história se constrói a partir da perspectiva de que o que importa é a qualidade da vida que a gente viveu;, reforça.<br /><br />Depois de sofrer um rompimento de retina em uma viagem para a África do Sul ; experiência que aparece no livro ; e passar seis meses sem poder ler e nem escrever, Abranches percebeu que precisava escrever o romance que pretendia. Em três meses, a primeira versão estava pronta.<br /><br /><em>Que mistério tem Clarice?</em>, inclusive, faz referência à música de Caetano Veloso, Clarice. ;O nome nasceu a partir dela, a música faz parte da estrutura do livro e está presente em diversos momentos;, conta.<br /><br />O lançamento em Brasília é muito especial: ;Foi aqui que formei minha personalidade literária;, brinca. ;É o lançamento mais afetivo, uma volta às origens;.<br /><br /><br /><strong>Que mistério tem Clarice?</strong><br />De Sérgio Abranches, 310 páginas, Biblioteca Azul, R$44,90. Lançamento nesta quarta-feira, às 19h, na Livraria Cultura (Shopping Iguatemi).<br /><br /><br />A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/diversao-e-arte/2015/07/21/interna_diversaoearte,176578/os-melhores-por-enquanto.shtml">aqui</a>, para assinantes. 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