<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/07/04/488992/20150704142821758578o.JPG" alt="Colm Tóibin lança o romance Nora Webster: reflexões de uma mulher depois da morte do marido" /></div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">As motivações para escrever sobre luto podem vir de experiência pessoal ou da observação das reações de amigos à perda de entes queridos. O escritor irlandês Colm Tóibin, que participa da Festa Literária de Paraty, lança no Brasil o romance Nora Webster, sobre o luto de uma mulher após a morte do marido. O historiador Boris Fausto também participa da Flip e fala sobre a experiência real de luto que o fez escrever o romance-diário O brilho do bronze. <br /><br />Desde o lançamento de O ano do pensamento mágico, da autora americana Joan Didion, em 2005, ;literatura do luto; passou a designar um novo gênero literário de sucesso. Aliás, ele foi uma das maiores inspirações de Fausto para relatar o processo de luto após a morte da esposa, Cynira. Antes de Didion, porém, Roland Barthes escreveu Diário do luto, com anotações do semiólogo francês sobre a perda da mãe.<br /><br />Joan Didion descobriu a fórmula de narrar sobre o luto, mesmo diante da condição do homem atual, cético e, muitas vezes, relutante em aceitar o fim da vida. Em O ano do pensamento mágico, a autora conta uma história pessoal em detalhes sobre um ano de perdas ; pensamento mágico é referência ao mecanismo de compensação descrito for Sigmund Freud, segundo o qual quem sobrevive à morte de uma pessoa querida tende a se iludir que é possível trazê-la de volta à vida. Joan perdeu o marido, o escritor John Gregory Dunne, com quem estava casada havia 41 anos. Além da morte de Dunne, a filha única, Quintana, de 39 anos, sofreu um traumatismo craniano e entrou em coma em seguida ao enterro do pai. Morreria em 25 de agosto de 2005, em consequência de uma pancreatite contraída durante o coma. O livro virou best-seller.<br /><br />O assunto pode ser embaraçoso, mas a tradição de escrever sobre o luto remonta Aos primeiros poemas sumérios e livros que versam sobre o tema voltaram a compor as prateleiras das livrarias. Os autores encontraram na literatura uma maneira de encarar a morte e os próprios processos de perda. Esse tipo de abordagem acaba por oferecer uma forma de comunicação mais direta com o leitor. </div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/diversao-e-arte/2015/07/04/interna_diversaoearte,174821/dimensoes-diferentes-realidades-semelhantes.shtml">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwczovL3d3dzIuY29ycmVpb2JyYXppbGllbnNlLmNvbS5ici9zZWd1cm8vZGlnaXRhbC9hc3NpbmUucGhwIiwibGluayI6Imh0dHBzOi8vd3d3Mi5jb3JyZWlvYnJhemlsaWVuc2UuY29tLmJyL3NlZ3Vyby9kaWdpdGFsL2Fzc2luZS5waHAiLCJwYWdpbmEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwibW9kdWxvIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3BrIjoiIiwiaWNvbiI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJpZF90cmVlYXBwIjoiIiwidGl0dWxvIjoiIiwiaWRfc2l0ZV9vcmlnZW0iOiIiLCJpZF90cmVlX29yaWdlbSI6IiJ9LCJyc3MiOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiJ9LCJvcGNvZXMiOnsiYWJyaXIiOiJfc2VsZiIsImxhcmd1cmEiOiIiLCJhbHR1cmEiOiIiLCJjZW50ZXIiOiIiLCJzY3JvbGwiOiIiLCJvcmlnZW0iOiIifX0=">aqui</a>. </div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">>> Três perguntas para Boris Fausto </div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/07/04/488992/20150704143217311065o.jpg" alt="Colm Tóibín lança Nora Webster e Boris Fausto fala sobre O brilho do bronze:ambos relatos de processos de luto" /> </div><div style="text-align: justify"><br /><strong>Durante a leitura do livro, é possível perceber que o senhor demorou a conseguir falar de certas coisas, como as últimas semanas de vida da Cynira. Como foi lidar com isso? </strong><br />Das últimas semanas levou tempo e mais do que das últimas semanas custei a falar do velório. Só escrevi quando o diário ia se publicado.<br /><br /><strong>No fim do livro, o senhor cita Maiakóvski para dizer que discorda que a vida é mais difícil que a morte. Essa experiência com a morte de Cynira foi o que o fez pensar assim não?</strong><br />Sempre achei pela vida afora, sem retórica, que a vida é difícil mas preciosa, e a morte, uma coisa ignóbil.<br /><br /><strong>O que mudou na sua rotina e no seu modo de ver a vida ? </strong><br />Um grande salto que a vivência do luto; procurei pessoas, ampliei amizades e consegui ,depois de cinco anos, situar a Cynira na minha memória. <br /></div>