Cerca de 93% da população brasiliense compra pão na padaria todos os dias e volta para casa com um saco de papel pardo. Se Brasília tem hoje pouco mais de 2,4 milhões de pessoas, então pelo menos 2,2 milhões de sacos circulam por dia na cidade. De olho nesses números, os produtores Susana Aune e Henrique Rocha criaram o projeto Arte Quentinha, que vai imprimir trabalhos de artistas em 130 mil sacos de pães para serem distribuídos em pelo menos 15 Regiões Administrativas do Distrito Federal. Quem comprar pão a partir de 3 de setembro pode ter a sorte de levar para casa uma obra de arte.
Até lá, os organizadores se concentram na seleção dos artistas. Eles serão 24, escolhidos de três maneiras diferentes. As inscrições podem ser feitas no site www.artequentinha.com.br até 26 de junho. Do total, 24 artistas serão selecionados. Desses, nove vão ser eleitos por voto popular, que acontece entre 6 e 12 de julho, e nove serão fruto da curadoria de Renata Azmbuja, que também vai convidar outros seis nomes para integrar o projeto. Cada artista selecionado vai recebe um cachê de R$ 500 e terá uma obra estampada em 10.830 sacos brancos que serão distribuídos em grandes padarias da cidade. Se os produtores conseguirem o patrocínio de uma rede local de supermercados, pretendem fazer também uma exposição com as obras dos selecionados.
Com apoio de R$ 150 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), o Arte Quentinha tem como missão divulgar a arte brasiliense pelo Distrito Federal. ;O projeto veio da ideia de tirar as artes visuais de dentro do espaço conceito que é a galeria;, conta Susana. ;A ideia do saco de pão veio da própria publicidade, que se apropria de mídias alternativas.; Para lançar o projeto e fazer uma espécie de homenagem, os organizadores elegeram duas obras de Glênio Bianchetti.
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