Irlam Rocha Lima
postado em 27/05/2015 08:05
Um dos artistas brasileiros com trabalho musical mais bem avaliado no exterior, Ivan Lins tem composto menos atualmente. Desiludido com o mercado fonográfico e à margem da mídia eletrônica, o cantor, compositor e pianista carioca, no entanto, não entrega os pontos. Incensado por colegas de ofício, como Caetano Veloso, e aplaudido pelo público, que continua prestigiando seus shows, ele mantém-se em evidência.
Feliz, apesar de algumas ressalvas, Ivan tem muito o que comemorar em 2015. Aos 70 anos, 50 de música e 40 de parceria com o poeta Vitor Martins, acaba de lançar o CD América, Brasil; ganhou homenagem de Leny Andrade com Iluminados ; disco só com músicas dele ;; e vive a expectativa da chegada às lojas de uma biografia escrita à quatro mãos pela musicóloga Thaís Nicodemo e o jornalista Luís Pavan.
[VIDEO1]
Ivan não vê América, Brasil como um projeto celebratório. Ao fazê-lo, teve como fonte de inspiração uma aquarela, da pintora naif Sônia Madruga. ;O quadro me remeteu à Bandeira do Divino, símbolo de uma manifestação folclórica brasileira, cantada por mim numa antiga canção. Vi ali, também, a representação do mapa da América do Sul, mas isso é uma viagem minha;, observa, bem-humorado.
O álbum, no qual dividiu a produção e os arranjos com o brasiliense Marco Brito, pianista de sua banda, o cantor reuniu músicas chamadas lados B da extensa parceria com Vitor Martins, de quase 600 títulos. ;São composições que ficaram perdidas em meio aos 46 discos que gravei, ao longo da carreira. Trocando ideia com o Marquinho, elas foram surgindo, tendo como fio condutor as mensagens poéticas do Vitor;, explica.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .