postado em 26/05/2015 10:35
Não faz muito tempo que o trabalho de descobrir um novo talento envolvia ir a shows, confiar no boca a boca e ouvir centenas de fitas demo de artistas aspirantes ao sucesso. Essa lida de muito suor e apostas em bandas que, na maioria dos casos, não vão a lugar algum está com os dias contados. Assim como sites de compras parecem sempre saber exatamente do que o consumidor precisa ou serviços de streaming frequentemente dão aquela sugestão impecável de filme para o espectador, o uso de dados analíticos e algoritmos invadiu a indústria fonográfica. Uma das empresas à frente desse movimento é a The Next Big Sound.
[SAIBAMAIS]Fundada em 2009, em Nova York, por Alex White, David Hoffman e Samir Rayani, a empresa previu mais de 80% dos 386 artistas que apareceram na lista Billboard 200 no ano passado. Como eles fizeram isso? ;Nós monitoramos mais de 30 fontes diferentes, entre redes sociais, páginas da Wikipédia, serviços de streaming, etc. Esses dados, que podem ser interpretados de diversas maneiras, fornecem informações importantes sobre a provável trajetória de um artista;, explica Liv Buli, jornalista responsável pelos dados da The Next Big Sound, em entrevista ao Correio.
Medição
Essas informações são conseguidas por meio da análise de 200 métricas diferentes, entre elas, o número de likes em uma página do Facebook, seguidores no Twitter, menções em veículos midiáticos, repercussão após uma aparição na televisão, números de vendas e streams etc.
Com um histórico bem-sucedido de prever o sucesso de artistas ainda em começo de carreira ; os dados da empresa apontaram, por exemplo, o grande potencial comercial de Sam Smith ainda em 2013, um ano antes de ele estourar ; e uma imensa quantidade de dados para corroborar essas previsões (de acordo com o site oficial, a The Next Big Sound monitorou, em 2014, algo próximo de 450 bilhões de plays), a empresa tem sido procurada por diversos tipos de clientes, entre eles artistas, empresários, selos, distribuidores e grandes marcas, parceria que seus fundadores enxergam como potencial salvação da indústria fonográfica.
;Nos últimos anos, temos observado um aumento no número de parcerias entre bandas e marcas. Além do mais, vemos que essas marcas querem identificar os artistas e estabelecer uma relação em estágios cada vez mais iniciais de desenvolvimento. American Express e Pepsi, por exemplo, entram em contato conosco porque nós podemos ajudá-las a identificar quais artistas têm o maior potencial de se tornar populares e também quais se alinham melhor com o objetivo das marcas em relação à geografia e à demografia desejadas;, justificou Liv.
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