<img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/05/11/482685/20150511092634481411u.jpg" alt=""São relações eróticas, no sentido amplo da palavra. São relações de corpo" Eduardo Coutinho, ao teorizar a intimidade alcançada junto a seus entrevistados" /><br />Existe um mantra doloroso no último filme de Eduardo Coutinho, repetido à exaustão pelo cineasta: ;Homem que morreu, a gente chama de Deus;. Simples, Coutinho sempre quis ser o avesso do homem adulado e profissional celebrado. No filme <em>Últimas conversas</em>, finalizado pelo amigo João Moreira Salles, o diretor, morto no ano passado, está em condição incomum: se revela bastante. Zela, contudo, pela intimidade doméstica e pelos problemas mentais do filho.<br /><br />Conhecedor profundo do ofício de diretor, já no longa sobre ele, Eduardo Coutinho,<em> 7 de outubro</em>, ele não oferece resistência ao colega Carlos Nader, à frente do filme recentemente lançado em DVD. Octogenário, o documentarista entrega dores e alegrias de quilate similar aos que sempre extraiu de desconhecidos. ;Eu (entrevistador) tenho que estar vazio para que ele (o entrevistado) possa me contar;, revela, em cena, entre outras técnicas. O interesse pelo outro sempre foi a base de seu trabalho.<br /><br />[SAIBAMAIS]Não deixa de ser um testemunho valioso e definitivo, por mais que Coutinho relutasse, alegando até ódio direcionado à palavra ;profundo;, em temas que lhe digam respeito direto. ;Espero que as coisas ditas sejam bem superficiais. Eu gosto do lixo;, chega a provocar, em 7 de outubro. Curiosamente, no derradeiro longa que dirigiu (Últimas conversas), o mestre desautoriza os jovens que entrevista, contaminados pelo cinismo e por dose de agressividade. Nisso, fica mais do que divertido contrapor reações do desbocado Coutinho de 7 de outubro que esbraveja: ;Que se f... o mundo, porra!&rdquo;<br /><br />Simpático e engraçado, o cineasta, morto em condições trágicas, desafia o endeusamento e as circunstâncias pudicas, em 7<em> de outubro</em>. É na oralidade e no que seja informal que pesa ;a verdade das filmagens;, desde sempre reclamada por Coutinho. No documentário de Carlos Nader, Coutinho enaltece o fator extraordinário da fala humana e, mais ainda, professa deslumbre ;pelo corpo que fala;. Agitado, com falta de foco e profusão de contrariedades, nas primeiras imagens de Últimas conversas (que deve ser lançado nesta quinta-feira na capital), o diretor salta na tela encadeando um discurso no qual declara a perda da alegria. ;É o fim;, diz o emblemático diretor. Distanciado de artifícios dramáticos, em<em> 7 de outubro</em> (feito ainda em 2013), Coutinho coroava a simbiose dele com o cinema como ;um meio de estar vivo;.<br /><br />A matéria completa está disponível <a href="http://publica.new.correiobraziliense.com.br/app/noticia/#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3MvZGl2ZXJzYW8tZS1hcnRlLzIwMTUvMDUvMTAvaW50ZXJuYV9kaXZlcnNhb2VhcnRlLDE2ODYwMy9jYXNzaWEtZWxsZXItdW0tYW1vci1xdWUtbmFvLXRlcm1pbmEuc2h0bWwiLCJsaW5rIjoiaHR0cDovL2ltcHJlc3NvLmNvcnJlaW93ZWIuY29tLmJyL2FwcC9ub3RpY2lhL2NhZGVybm9zL2RpdmVyc2FvLWUtYXJ0ZS8yMDE1LzA1LzEwL2ludGVybmFfZGl2ZXJzYW9lYXJ0ZSwxNjg2MDMvY2Fzc2lhLWVsbGVyLXVtLWFtb3ItcXVlLW5hby10ZXJtaW5hLnNodG1sIiwicGFnaW5hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsIm1vZHVsbyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9wayI6IiIsImljb24iOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwiaWRfdHJlZWFwcCI6IiIsInRpdHVsbyI6IiIsImlkX3NpdGVfb3JpZ2VtIjoiIiwiaWRfdHJlZV9vcmlnZW0iOiIifSwicnNzIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIifSwib3Bjb2VzIjp7ImFicmlyIjoiX3NlbGYiLCJsYXJndXJhIjoiIiwiYWx0dXJhIjoiIiwiY2VudGVyIjoiIiwic2Nyb2xsIjoiIiwib3JpZ2VtIjoiIn19">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="http://publica.new.correiobraziliense.com.br/app/noticia/#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vd3d3by5jb3JyZWlvYnJhemlsaWVuc2UuY29tLmJyL2RpZ2l0YWwvIiwibGluayI6Imh0dHA6Ly93d3dvLmNvcnJlaW9icmF6aWxpZW5zZS5jb20uYnIvZGlnaXRhbC8iLCJwYWdpbmEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwibW9kdWxvIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3BrIjoiIiwiaWNvbiI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJpZF90cmVlYXBwIjoiIiwidGl0dWxvIjoiIiwiaWRfc2l0ZV9vcmlnZW0iOiIiLCJpZF90cmVlX29yaWdlbSI6IiJ9LCJyc3MiOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiJ9LCJvcGNvZXMiOnsiYWJyaXIiOiJfc2VsZiIsImxhcmd1cmEiOiIiLCJhbHR1cmEiOiIiLCJjZW50ZXIiOiIiLCJzY3JvbGwiOiIiLCJvcmlnZW0iOiIifX0=">aqui</a>.