O diário do golpe escrito por quem viveu de perto, em 1964, o drama enfrentado pelos brasileiros desde que a esquerda, liderada pelo então presidente João Goulart (1919-1976), acabou destituída pelos militares, que permaneceriam no poder por mais de 20 anos. Este é o resumo do livro 1964 ; O último ato, que Wilson Figueiredo, 90 anos, lança nesta terça-feira (28/4), na Livraria Argumento, no Rio de Janeiro. Publicada pela Gryphus, a obra do jornalista capixaba chega ao mercado no rastro dos 50 anos do golpe militar, que deu início a um ciclo encerrado em 1985, com a posse de José Sarney.
[SAIBAMAIS];Não se tratava mais de vitória nem de derrota: era a história. Assim foi como pareceu (a quem viveu);, escreve, oportunamente, o autor, na capa da publicação. ;Não era o velho e o novo. Era o resto do poder que se instalara desde a Revolução de 1930 e que vinha de vários golpes, o último dos quais duraria mais de 20 anos;, constata o jornalista, da redação do extinto Jornal do Brasil, onde permaneceria por cerca de 45 anos, como editorialista e redator.
Organizado por Vanuza Braga, 1964 ; O último ato reúne artigos escritos por Wilson Figueiredo ao longo do primeiro semestre do ano em que a ditadura militar se instaurou no país. O livro é dividido em três partes. Na primeira, narra os últimos dias de março até abril de 1964, com a progressão dos acontecimentos que desembocariam no golpe. Já na segunda e terceira partes da publicação, em artigos escritos antes e depois do golpe, o jornalista avalia as razões que levariam os militares ao poder.
Wilson Figueiredo. Gryphus Editora. R$ 34,90
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.