Diversão e Arte

Beirute comemora 49 anos com o posto de bar mais tradicional da cidade

Artistas da cidade celebram os 49 anos do bar mais tradicional de Brasília e planejam os festejos para o cinquentenário

postado em 21/04/2015 07:30
Há anos, artistas brasilienses e de outros estados se reúnem no Beirute. Local é ímã para mentes criativas

O Beirute está ali na comercial da 109 Sul há tanto tempo que incorporou-se à paisagem de forma definitiva. O parquinho erguido sobre o cascalho acinzentado, os bancos de madeira e os garçons de uniforme vinho permeiam o imaginário dos habitantes do Plano Piloto desde 16 de abril de 1966, quando o estabelecimento foi inaugurado. Cerveja gelada, comida de primeira e prosas que varam a madrugada são parte do patrimônio do Beira, como o restaurante é intimamente chamado.

Na última quinta-feira, alguns artistas da cidade reuniram-se no local, na hora do almoço, para fazer um brinde aos 49 nove anos do bar que se tornou símbolo da boemia e da intelectualidade brasilienses. O encontro deu início aos planos para os festejos do meio século de vida do Beirute, no ano que vem. Passaram por lá o compositor Clodo Ferreira, o rapper Gog, o roqueiro Dillo Daraújo, o casal de músicos Célia Porto e Rênio Quintas, o guitarrista Haroldinho Matos e integrantes das bandas Móveis Coloniais de Acaju, Brazilian Blues Band, Paraibola e Os Cachorros das Cachorras.

Quem recepcionou a trupe foi o dono do Beiras, o cearense Francisco Marino, vulgo Chiquinho, de 78 anos. O empresário exibe orgulho ímpar ao dizer que o bar, ao longo das décadas, tornou-se o preferido dos artistas. ;A gente trata a clientela com respeito e carinho. Dizem que aqui é a cara da cidade, mas alguns já sacaram que Brasília é que é a cara do Beirute;, diz ele.

Não à toa, por entre aquelas mesas já nasceram diversas letras de músicas e ideias para roteiros de cinema. O piauiense Clodo Ferreira, radicado na capital federal desde 1968, frequenta o local desde então, e já presenciou por diversas vezes esses momentos de confluência artística. ;Nos anos 1970, depois de um show ou filme, a gente sempre vinha para cá para discutir o que havíamos visto. Não era só pra beber, não;, conta o compositor de sucessos como Revelação e Cebola cortada.

A nova geração de brasilienses também é assídua no Beira. Fabrício Ofuji, produtor da banda Móveis Coloniais de Caju, vai ao bar desde a Copa do Mundo de 1994. No bar, ele e a turma sempre acabavam descobrindo o que vai rolar à noite na cidade. ;Era o nosso aquecimento;, lembra.

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