Nos últimos quatro anos, o grupo Fundo de Quintal passou por diversas mudanças. O disco Nossa verdade (2011) não teve a repercussão esperada e o músico Mário Sérgio, um dos vocalistas, anunciou, em 2013, que estava deixando a banda para seguir carreira solo. No período, ele foi substituído por Flavinho Silva e, posteriormente, por Délcio Luiz.
Mas o tempo de crise parece ter passado e os cariocas chegam a 2015 flertando com os tempos áureos da banda, que possui 35 anos de estrada. Mário Sérgio retornou ao grupo, que agora está com sua formação original, composto por Bira (pandeiro e voz), Sereno (tantã e voz), Ubirany (repique e voz), Ronaldinho (cavaquinho, banjo e voz) e Ademir Batera (voz).
Assim, o sexteto decidiu lançar um CD com faixas inéditas, algo que não fazia há algum tempo. ;Estava na hora de atender esse pedido dos fãs e apresentar um disco de inéditas. Procuramos não inventar muito, mas trazer de volta o que as pessoas sempre gostaram no grupo;, explica Ubirany em entrevista ao Correio. Foi exatamente ao retomar o samba dos quintais que a banda acertou no álbum Só felicidade, que teve produção de Rildo Hora.
Álbum
Das 14 faixas, a maioria foi composta pelos integrantes do sexteto. ;Fomos muito meticulosos com a seleção das músicas. Todos os componentes participaram do processo, seja escolhendo ou compondo, já que alguns têm mente mais fértil. O mais importante é que sempre escutamos o que nos enviam, os CDs e as composições. A gente acaba sempre se inspirando;, afirma Ubirany.
Só felicidade (2015) ****
Do grupo Fundo de Quintal. LGK Music, 14 faixas. Preço médio: R$ 29,90
Crítica
A máxima do ;bom filho a casa torna;, sem dúvidas, pode ser usada para definir o novo disco do grupo Fundo de Quintal. No entanto, ela não vale apenas para o retorno de Mário Sérgio à banda, mas para o som apresentado pelos cariocas em Só felicidade. Dá gosto de ver que o Fundo de Quintal voltou a flertar com o ;samba das antigas;. Estão lá as canções em partido alto e exaltação, dignas de um samba dos quintais. O disco de inéditas serve para colocar o sexteto de volta ao topo do gênero, lugar em que nunca deveriam ter partido.
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