Diversão e Arte

Com 29 anos, Julia Rezende desponta como diretora de sucessos de bilheteria

No currículo, a diretora em 'Ponte aérea' e 'Amor líquido'

postado em 05/04/2015 08:01
Julia Rezende estreou com o filme Meu passado me condena (2013): público de 3,2 milhões
O primeiro casal se apaixona imediatamente e precipita-se em um casamento para depois se conhecer a fundo. O segundo reluta a comprometer-se, tendo a distância e a diferença de estilos de vida como principais obstáculos. Com abordagens bem diferentes, a comédia Meu passado me condena e o drama romântico Ponte aérea, em cartaz nos cinemas, falam da complexidade que rege os relacionamentos contemporâneos. O tema inspira a diretora Julia Rezende, de 29 anos, que baseou o roteiro do seu segundo longa-metragem no livro Amor líquido, do sociólogo polonês Zygmunt Bauman.

[SAIBAMAIS];Ponte Aérea seria meu primeiro filme, passei quatro anos escrevendo o roteiro. O projeto surgiu a partir da leitura de Bauman, que fala sobre a fragilidade dos laços afetivos e dessa dificuldade em assumir compromissos;, explica. ;Fui levada pela vontade de fazer um filme sobre como os jovens estão lidando com os afetos e o amadurecimento.;

É significativo que o carioca Bruno (Caio Blat) e a paulistana Amanda (Letícia Colin) se conheçam em um aeroporto, lugar de eterna transição. A intensidade do encontro casual logo esfria no dia seguinte, quando os dois embarcam de volta às suas respectivas vidas. Em São Paulo, Bruno aparece sempre com frio, vulnerável e casual demais para o ambiente. Nesse contexto, a relação entre os protagonistas começa a se desenvolver, embora tenham pouco em comum. Já na capital fluminense, Amanda parece incomodada com o excesso de euforia em volta: ;O Rio te obriga a ser feliz;, conclui, resignada.

A diretora com Caio Blat no set de Ponte aérea, em cartaz na cidade
Parte do charme do longa está na facilidade com que o espectador pode identificar-se com os jovens protagonistas e suas contradições. ;Nosso esforço era para que os personagens fossem reais, personagens que encontro na minha própria vida;, destaca. ;Essa dicotomia entre querer muito viver um amor e, ao mesmo tempo morrer de medo de se comprometer com uma pessoa e ter essa sensação de eternidade nesse mundo em que as coisas estão cada vez mais descartáveis. Acho que isso cria mesmo esses sentimentos antagônicos. Ter que equilibrar isso tudo é um desafio.;

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