A capital futurística planejada nos anos 1960, com "idealismo e a estranheza" foi cenário ideal para a visão de Dickinson, nas palavras dele. "Não há, literalmente, nenhum outro lugar no mundo assim;, justifica o diretor, em entrevista ao Correio. O cineasta norte-americano de 33 anos explica que a ideia partiu do performático comediante Watts, de ;utilizar a arquitetura de Niemeyer como inspiração para o humor absurdo. É ao mesmo tempo uma celebração e uma brincadeira;.
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Os sete minutos e meio do filme trazem apenas dois atores, Watts e Carolina Ravassa, que apresentam a cidade futurística para o público. Os ;guias turísticos; estão sempre com roupas exóticas, como vestido prateado e enormes óculos escuros. Dentre os lugares apresentados, o ;Quiosque de teletransporte; e a ;Faculdade de telepatia; (ambas no Templo da Legião da Boa Vontade). Eles visitam também a Ponte JK e o Vale do Amanhecer.
Watts estava de férias no Brasil quando idealizou o projeto e convidou Carolina para participar. A atriz colombiana, radicada em Nova York, morou alguns anos no Brasil e jura ter ;coração carioca;. Ainda assim, a primeira vez dela em Brasília ainda a surpreendeu: ;É um dos lugares mais diferentes que já vi. Tudo é tão futurístico e místico, foi incrível inventar nomes e criar novas informações para os lugares;. Para Carolina, o lugar mais inusitado foi o Vale do Amanhecer - em que chegaram a presenciar uma cerimônia religiosa.
Para Dickinson, o melhor da cidade foram as pessoas, ;algumas das mais inteligentes, legais, cabeça aberta, espirituais e bonitas" que já conheceu. Segundo ele, tudo foi feito no improviso, não houve roteiro. O cineasta só lamenta não ter conseguido filmar dentro ou nas redondezas dos prédios governamentais. As filmagens ocorreram no ano passado e duraram apenas cinco dias.