Giuseppe Verdi, Richard Wagner, Giacomo Puccini e Wolfgang Amadeus Mozart são nomes que soam com familiaridade para Asta Rose Alcaide. Faz sentido. Todos são autores de famosas óperas, com as quais essa catarinense, moradora em Brasília desde os anos 1970, convive há mais de sete décadas.
Ainda hoje, aos 92 anos, Asta Rose, que até pouco tempo presidia a Associação Ópera Brasília, mantém afetiva ligação com esse universo, como assídua ouvinte de árias, espectadora de vídeos com montagens operísticas e leitora de obras que tratam dessa arte, surgida em Florença, na Itália, no fim do Renascimento. Na memória, ela guarda o tempo que participou de espetáculos do gênero, como bailarina, coreógrafa e figurinista.
Muito da cultura que armazenou lhe foi transmitida pelo compositor e maestro português Tomaz Alcaide, com quem foi casada durante 40 anos. ;Quando o conheci, eu tinha 17 anos. Havia deixado Joinville (SC), onde nasci, para morar em São Paulo. Lá, fui estudar balé com Chinita Ulman, professora e coreógrafa ligada ao Teatro Municipal;, recorda-se. ;Era, também, aplicada aluna dos cursos de inglês e francês;, acrescenta.
Com saudade, ela lembra: ;O Tomaz, uma pessoa educada, fina e um homem muito bonito, regia orquestras em óperas, nos mais importantes teatros da Europa e, com outros artistas, veio para o Brasil quando, por causa da segunda grande guerra, os teatros começaram a se fechar. Chegando a São Paulo, logo foi contratado pelo Teatro Municipal. Nos casamos em minha cidade natal. Juntos, viajamos pelo Brasil e passamos temporada na Argentina. O Tomaz era muito requisitado para dirigir orquestras;.
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