<img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/03/25/476810/20150324163759784003a.jpg" alt="Documentário faz reflexão sobre pessoas que vivem de artes primitivas rodando pelo o mundo" /><br />Pode parecer estranho abdicar de uma vida convencional e de luxo para viver de forma mais primitiva, fazendo arte nas ruas em uma cultura nômade. Mas não é para os personagens do documentário<em> Malucos de estrada II ; Cultura de BR</em>, produzido pelo coletivo Beleza da Margem e lançado em 27 de fevereiro na internet. ;Você é louca de estar aqui. É isso que você quer da sua vida? Eu realmente tinha tudo, mas não era feliz como na rua fazendo arte e pegando coisas que muita gente acha que é lixo e transformando em artesanato;, diz uma das jovens entrevistadas pelo grupo no início do longa-metragem.<br /><br />[SAIBAMAIS]Exatamente para jogar luz sobre o movimento e tentar diminuir o preconceito vindo da sociedade é que o fotógrafo Rafael Lage, integrante do coletivo Beleza da Margem e diretor de <em>Malucos de estrada</em>, resolveu criar o documentário. ;Acho que é importante que as pessoas entendam que há múltiplas formas de ser e estar no mundo e todas elas são legítimas. <br /><br />[VIDEO1]<br /><br />Queremos desfolclorizar o hippie e convidar os espectadores a uma reflexão;, defende Lage. ;Quem são os malucos? São artesãos, nômades e coletores de matéria-prima. Nesse sentido, são os guardiões da ancestralidade e dos primeiros fazeres humanos. Eles bebem da fonte dos povos originários e mantém viva essa cultura, com diferenças pelas mudanças nos tempos;, completa.<br /><br />O documentário é, na verdade, uma trilogia, que começou a ser montada em 2011 como resposta a repressão contra os artesãos em Belo Horizonte. Com ajuda do artesão Gustavo Policarpo, de Cyro Almeida e de Mooa Gaspar, que também fazem parte do coletivo, Lage começou a registrar o modo de vida dessas pessoas que integram o movimento que ele chama de ;malucos de estrada; em vez de hippie, como eles costumam ser chamados. ;Viajamos quatro estados em 2011, registramos um material riquíssimo, que deram origem aos curtas<em> A criminalização dos artistas </em>e<em> Dê um rolê</em>. Mas percebemos que para retratar a malucada e mostrar a diversidade do movimento, teríamos que viajar por todo o Brasil;, explica. <br /><br />[VIDEO2]<br /><strong><br />Duas perguntas para Rafael Lage<br /><br />Como você define a expressão cultural dos ;malucos de estrada;?</strong><br /><br />O maluco é um canibal cultural, um antropófago. Seu caminhar e sua rota o definem. As culturas com as quais ele tem contato, as diferentes pessoas que atravessam seu caminho e as geografias que ele percorre, tudo isso cria um ser único, paradoxal e multifacetado. Se há algo de fato que os une como uma família é a enorme diversidade de cada um e o insistente exercício de aprender a respeitar as diferenças dos outros.<br /><br /><strong>O documentário mostra um pouco do trabalho dessas pessoas. Como é a arte produzida por elas?</strong><br /><br />Os malucos costumam se referir aos artesanatos como ;trampo de maluco;. Tem os trabalhos com linhas, conhecido como macramê e festonê, que são técnicas milenares de trançar fios; as filigranas e a modelagem em fios de arame; a modelagem feita em massa epoxi e os trabalhos no couro, como pulseiras e bolsas. Essas técnicas, embora milenares, foram recriadas pelas mãos dos artesãos brasileiros adquirindo um estilo e uma estética própria do movimento, além de manifestarem um imaginário e símbolos próprios do universo cultural da malucada. Mas é importante dizer que nem todo maluco é artesão. Muitos se utilizam de outras artes móveis e portáteis, como a música, a poesia, fotografia, o malabares, a pintura. Tem de caber na mochila.<br /><br />[VIDEO3]<br /><br />A matéria completa está disponível <a href="http://publica.new.correiobraziliense.com.br/app/noticia/#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3MvZGl2ZXJzYW8tZS1hcnRlLzIwMTUvMDMvMjQvaW50ZXJuYV9kaXZlcnNhb2VhcnRlLDE2MzQxNC9jZW5hLWFsdGVybmF0aXZhLWRvLWRmLWFxdWVjaWRhLnNodG1sIiwibGluayI6Imh0dHA6Ly9pbXByZXNzby5jb3JyZWlvd2ViLmNvbS5ici9hcHAvbm90aWNpYS9jYWRlcm5vcy9kaXZlcnNhby1lLWFydGUvMjAxNS8wMy8yNC9pbnRlcm5hX2RpdmVyc2FvZWFydGUsMTYzNDE0L2NlbmEtYWx0ZXJuYXRpdmEtZG8tZGYtYXF1ZWNpZGEuc2h0bWwiLCJwYWdpbmEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwibW9kdWxvIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3BrIjoiIiwiaWNvbiI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJpZF90cmVlYXBwIjoiIiwidGl0dWxvIjoiIiwiaWRfc2l0ZV9vcmlnZW0iOiIiLCJpZF90cmVlX29yaWdlbSI6IiJ9LCJyc3MiOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiJ9LCJvcGNvZXMiOnsiYWJyaXIiOiJfYmxhbmsiLCJsYXJndXJhIjoiIiwiYWx0dXJhIjoiIiwiY2VudGVyIjoiIiwic2Nyb2xsIjoiIiwib3JpZ2VtIjoiIn19"><font color="#FF0000">aqui</font></a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="http://publica.new.correiobraziliense.com.br/app/noticia/#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwczovL3d3dzIuY29ycmVpb2JyYXppbGllbnNlLmNvbS5ici9zZWd1cm8vZGlnaXRhbC9hc3NpbmUucGhwIiwibGluayI6Imh0dHBzOi8vd3d3Mi5jb3JyZWlvYnJhemlsaWVuc2UuY29tLmJyL3NlZ3Vyby9kaWdpdGFsL2Fzc2luZS5waHAiLCJwYWdpbmEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwibW9kdWxvIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3BrIjoiIiwiaWNvbiI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJpZF90cmVlYXBwIjoiIiwidGl0dWxvIjoiIiwiaWRfc2l0ZV9vcmlnZW0iOiIiLCJpZF90cmVlX29yaWdlbSI6IiJ9LCJyc3MiOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiJ9LCJvcGNvZXMiOnsiYWJyaXIiOiJfYmxhbmsiLCJsYXJndXJhIjoiIiwiYWx0dXJhIjoiIiwiY2VudGVyIjoiIiwic2Nyb2xsIjoiIiwib3JpZ2VtIjoiIn19"><font color="#FF0000">aqui</font></a>.