Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Artistas em começo de carreira trabalham para se consolidar na profissão

Apesar da pouca idade, jovens artistas revelam experiências e compromissos com suas obras e também com o público



Eles são jovens, cheios de talento, mas não contam só com a sorte e com os dons artísticos para se destacarem no cenário cultural. Muito trabalho foi necessário para que o escritor Miguel Del Castilho, os atores Gabriel Godoy e Ana Rios e o artista plástico João Angelini fossem reconhecidos como nomes de referência, mesmo com o pouco tempo de experiência e de contato com o público.

A pouca idade, no entanto, não pressupõe pouca maturidade na relação com o mercado. Sabem da necessidade de separar, no momento certo, a paixão do compromisso exclusivo com a obra, como fruto de um trabalho profissional.

Ao Correio, esses artistas falaram do início das carreiras, dos momentos mais impactantes, dos primeiros trabalhos de destaque e da necessidade de abandonar o medo de se expor ao público, aos críticos e ao mercado.

João Angelini, artista plástico
João começou a se relacionar com o circuito das artes visuais aos 24 anos, hoje está com 34. Para ele, as faculdades não oferecem orientação sobre o contato com o movimento do mercado. ;A formação do artista se confunde com a do pesquisador. As instituições são muito legais para te dar um arcabouço histórico do que se faz dentro desse cenário. Mas, no meu caso, tive o prazer de dividir meus anseios com outros colegas. A gente mesmo começou a se agenciar. A arte é uma postura profissional, além da pesquisa.;

Gabriel Godoy, ator
A veia artística do ator Gabriel Godoy foi alimentada desde muito cedo, ainda na escola. A pedagogia diferente que estimulava o contato com a arte diariamente foi fundamental para que o garoto se sentisse à vontade, principalmente no que dizia respeito às artes cênicas. Apesar disso, ele demorou a bancar a arte como profissão, o que aconteceu, de fato, aos 19 anos. Hoje, Gabriel se destaca na série O negócio, transmitida pela HBO, e garante que a sorte é importante, mas o principal é trabalhar e estar aberto às possibilidades e oportunidades.

Miguel Del Castilho, escritor
Desde a adolescência, Miguel escrevia amadoramente em um blog fazia parte da rotina ler muito, a todo o tempo. Estudou arquitetura e fez algumas matérias de letras na universidade, onde ganhou um concurso literário com o conto Carta para Ana, que depois foi publicado na antologia de prosa Plástico bolha (Editora Oito e Meio, 2010). ;Anos depois, pude inscrever outro conto que escrevera, Violeta, na seleção dos 20 melhores jovens escritores brasileiros feita aqui pela revista inglesa Granta. Para minha surpresa, meu texto foi escolhido. A partir disso, comecei a levar mais a sério a possibilidade de escrever um livro;, conta.

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