Ricardo Daehn
postado em 09/03/2015 08:15
No ônibus, a parada solicitada foi solenemente ignorada. Já o som dos chacoalhantes tripés de metal aumentam a tensão criada pelo inconveniente batidão sertanejo do carro ao lado. Na vida real, tudo seria normal ; mas o ônibus especial, recheado de equipamentos de cinema, transporta consigo um sonho profissional da diretora Adriana Vasconcelos: estrear em longa-metragens com a ficção 3x4. ;Faço uma analogia, no título, com um retrato 3x4 ; e na história há quatro mulheres, três delas são mães. Elas estão sem muita maquiagem ou photoshop: é um retrato oficial, nu e cru delas ; cada uma aparece na sua individualidade;, explica a cineasta.
Desde as 6h, no dia de filmagem, uma fiel equipe trata de dar condições para a ambição da diretora. ;Vamos transitar do ameno para algo mais dramático. Em termos visuais, a tônica será muita câmera na mão. A personagem de Ana Cecília Costa, Sônia, requer algo mais sombrio, ela é meio triste e foi muito judiada pela vida;, adianta o diretor de fotografia Alexandre Magno, que promete seguir, nos próximos 30 dias de filmagens, um quê da câmera dos cultuados irmãos Dardenne. ;O desafio da personagem é carregar um trágico passado, que está marcado na testa dela, e para sempre. Para mim, este filme é uma homenagem à mulher. São gerações sobrevivendo a tragédias, grandes e pequenas;, comenta a atriz Lisa Eiras Fávero, que dá vida a Júlia, uma ;menina-mulher;, entregue à maturidade muito cedo e criada pela avó.
Com material digno de Hollywood, mas importado de Berlim, a maquiadora de 3x4, Mônica Maria, trata de rejuvenescer atrizes e depurar efeitos especiais. ;Farei uma cicatriz na personagem Júlia, um corte profundo com queloide. Para as cenas em que há facadas e escoriações, tive que pesquisar em filmes de ação e em tutoriais de filmes de zumbis, além d usar pele artificial;, explica Mônica Maria.
Desde as 6h, no dia de filmagem, uma fiel equipe trata de dar condições para a ambição da diretora. ;Vamos transitar do ameno para algo mais dramático. Em termos visuais, a tônica será muita câmera na mão. A personagem de Ana Cecília Costa, Sônia, requer algo mais sombrio, ela é meio triste e foi muito judiada pela vida;, adianta o diretor de fotografia Alexandre Magno, que promete seguir, nos próximos 30 dias de filmagens, um quê da câmera dos cultuados irmãos Dardenne. ;O desafio da personagem é carregar um trágico passado, que está marcado na testa dela, e para sempre. Para mim, este filme é uma homenagem à mulher. São gerações sobrevivendo a tragédias, grandes e pequenas;, comenta a atriz Lisa Eiras Fávero, que dá vida a Júlia, uma ;menina-mulher;, entregue à maturidade muito cedo e criada pela avó.
Com material digno de Hollywood, mas importado de Berlim, a maquiadora de 3x4, Mônica Maria, trata de rejuvenescer atrizes e depurar efeitos especiais. ;Farei uma cicatriz na personagem Júlia, um corte profundo com queloide. Para as cenas em que há facadas e escoriações, tive que pesquisar em filmes de ação e em tutoriais de filmes de zumbis, além d usar pele artificial;, explica Mônica Maria.
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