A cada edição, uma roupagem nova vem casada com o Oscar, em especial, para a reconquista dos espectadores. Ano passado, houve a repercussão da selfie com maior concentração de astros por centímetro quadrado e, quebrando tabus, 12 anos de escravidão levou o prêmio principal. Mesmo sem muita diversidade, a seleção do 87; Oscar sinaliza avanços: os holofotes partiram para uma camada de filmes independentes e arejados, ainda que haja o confronto com representantes afirmados pela indústria. O teor de entretenimento pop virá com Lady Gaga e Adam Levine, tudo para renovar o público.
Quem quiser buscar identidade da festa com o Brasil tem que torcer por O sal da terra, documentário sobre o fotógrafo Sebastião Salgado. Wim Wenders (codireção de Juliano Salgado), experiente e celebrado diretor alemão, é quem pode trazer a visibilidade que Hector Babenco (O beijo da mulher aranha) já havia dado ao Brasil.
[SAIBAMAIS]Numa onda inventiva, o mexicano Alejandro González Iñárritu (do crítico Birdman) embola na disputa forte entre os renovadores Wes Anderson (O grande Hotel Budapeste, dono de nove indicações) e Richard Linklater (Boyhood, um dos grandes favoritos, no páreo por seis estatuetas). Por fora, correm o norueguês Morten Tyldum, à frente do nada desprezível O jogo da imitação (com oito candidaturas) e Bennet Miller (do injustiçado Foxcatcher, com cinco indicações). Na lista, estão contempladas visões de cineastas com menos de 55 anos.
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