Quando Prince subiu ao palco para entregar o prêmio de Melhor disco do ano, todo mundo tinha certeza que Beyoncé sairia vencedora. Alguns cravavam que Sam Smith venceria, enquanto alguns mais esperançosos apostavam em Ed Sheeran. O que (quase) ninguém imaginava era que o álbum Morning phase, do roqueiro norte-americano Beck, fosse faturar o prêmio. A comoção com o fato foi tanta que, além de Kanye West ter ameaçado subir ao palco e fazer um Swiftgate 2, Lady Gaga tuítou afirmando que o trabalho de Beck é importante para a música e convocando as pessoas a ouví-lo.
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A geração atual não deve se recordar, mas Beck Hansen, 44 anos, fez algum sucesso no Brasil com os videoclipes de Loser e Where it;s at, bastante tocados na época de Disk MTV e Top 20, programas que os mais novos fãs do mundo pop não devem lembrar.
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Se dois singles de sucesso nos anos 1990 podem parecer pouco para convencer o fã que gostaria de ver Queen B levar a estatueta, saiba que o roqueiro de Los Angeles é um artista bastante conceituado, capaz de passear por diversos estilos, além de ser um grande multi-instrumentista.
Odelay, de 1996, é um dos seus principais trabalhos. Ele conta com o já citado hit Where it;s at e Devil;s Haircut, e foi produzido pelos Dust Brothers, que já trabalhou bastante com os Beastie Boys. Daí a mistura de rock com elementos de hip-hop e de música eletrônica.
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Outro álbum de destaque, Sea Change, de 2002, tem como característica mais forte o experimentalismo e o clima mais sombrio, preenchido por letras sobre decepção amorosa. Morning Phase, o motivo de toda a polêmica no Grammy, é um disco que segue também nessa linha experimental, mais afastada do rock e mais próxima do folk.