Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Tomie Ohtake: um dos maiores símbolos das artes plásticas brasileira

Referência nas artes, suas obras fazem parte do imaginário e do cenário brasileiro



;Dama das artes plásticas brasileiras;, a artista japonesa Tomie Ohtake construiu sua carreira consagrada ao longo dos últimos cinquenta anos. Ohtake dominou com maestria o abstracionismo, a livre exploração das formas e das cores, inspirada pela geometria e pela natureza. O estilo ímpar de encarar e enfrentar a própria obra lhe trouxe a fama merecida em meados dos anos 1960.

[SAIBAMAIS]Nascida em Kioto, no Japão, em 21 de novembro de 1913, Tomie Ohtake viveu mais tempo no Brasil do que em seu país de origem. Veio para cá em 1936, e nos anos 1960 se naturalizou brasileira. Em uma trajetória aparentemente tardia, Tomie começou a se dedicar às artes aos 39 anos de idade, quando começou com a pintura. Ao longo da carreira, ela investiu nas técnicas de gravura e de escultura

Em 1952, algumas pinturas da artista foram expostas no 2; Salão de arte moderna de São Paulo. Tomie participou do evento em outros anos, com obras diferentes daquelas que a apresentaram ao mundo da arte, caminhando do figurativismo ao abstracionismo que a consagraria.

O domínio da técnica de gravura levou a artista a ser convidada, em 1972, a participar da sala Grafica D;Oggi na Bienal de Veneza, onde esteve ao lado dos grandes nomes da Pop Art. Depois, esteve na Bienal de Gravura de Tóquio, em 1978, tradicional mostra internacional da técnica.

Em 1983, mesmo ano em que um livro sobre sua história e trabalho foi lançado, Tomie realizou sua primeira obra pública. Uma escultura em concreto armado para o jardim da Paulo Figueiredo galeria de arte em São Paulo, que posteriormente foi demolida

Hoje, quase 30 obras públicas de Ohtake fazem parte da paisagem urbana de algumas cidades brasileiras. Especialmente de São Paulo, onde parte delas se tornaram marcos da metrópole, como os quatro grandes painéis da estação de metrõ Consolação, a escutura de concreto armado na Avenida 23 de maio e uma pintura na Ladeira da memória.

Nos últimos 30 anos, a escultura pautou a carreira de Tomie. Em 2001, foi inaugurado o Instituto Tomie Ohtake, projeto arquitetônico de seu filho, Ruy Ohtake, um espaço para exposições, arte contemporânea, design e arquitetura.