Em algumas regiões administrativas do Distrito Federal, mais de 95% da população jamais frequenta o teatro, como os próprios moradores atestaram na mais recente pesquisa realizada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Os alarmantes números não devem mudar tão cedo.
Se não há quem se disponha a assistir, aqueles dispostos a produzir tampouco são muitos. Uma única diária no maior auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, por exemplo, ultrapassa R$ 21 mil. O alto custo é apenas uma das várias dificuldades que atores, produtores e diretores encontram na hora de tirar o projeto artístico do papel e levar aos palcos. Muitos desistem.
;No caso do Centro de Convenções, o valor é muito maior, já que a cobrança da diária não inclui nenhum tipo de suporte técnico. A produção precisa levar absolutamente tudo;, revela o produtor e ator André Deca, responsável pela vinda do comediante Paulo Gustavo a Brasília.
Deca acredita no potencial artístico da cidade, mas lamenta que os setores competentes ainda não tenham se sensibilizado para incentivar uma melhora no quadro. ;O empresariado brasiliense não investe em cultura, a lei de incentivo ainda não saiu do papel, sofremos com a escassez de espaços. A lista de empecilhos é longa;, conta.
[SAIBAMAIS]Entre outros exemplos, ele cita os hotéis do Distrito Federal. ;Em outras cidades, é muito comum que os hotéis ofereçam a hospedagem dos artistas e da equipe, como cortesia. Uma forma de incentivo à produção artística e uma maneira de a empresa ter o nome atrelado à cultura. Em Brasília, oferecem apenas uma diária reduzida, mesmo com os quartos vazios no fim de semana.;
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