Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Escritora brasiliense lança livro sobre guerreira imaginária da Amazônia

Ao criticar o histórico de repressão vivenciado pelas mulheres, Margarida apresenta os conflitos sociais e políticos da Tribo Og, lugar fantasiado pela autora

Em uma espécie de ilha fantasia para mulheres nasceu U;Yara, guerreira imaginária que protagoniza o livro U;Yara, rainha amazona, da escritora brasiliense Margarida Patriota. Ao criticar o histórico de repressão vivenciado pelas mulheres, Margarida apresenta os conflitos sociais e políticos da Tribo Og, lugar fantasiado que retrata como seria o mundo se os homens fossem submissos e as mulheres impusessem as leis de forma bruta e ríspida.
[SAIBAMAIS]
;Queria mostrar de maneira brincalhona como seria se a sociedade excluísse os homens;, como explica Margarida, em um contexto de exploração social e submissão feminina, surgiu a ideia de mostrar a história de um mundo ;aos avessos; da realidade, no qual a voz masculina é calada e reprimida, como a das mulheres ainda é em inúmeras situações do mundo real. ;Para escrever o livro, parti do pensamento feminista e das histórias de mulheres guerreiras avistadas pelos espanhóis quando chegaram ao Brasil;, segundo a escritora, na Tribo Og os homens são considerados seres fracos, que só realizam o trabalho braçal e temem o das mulheres, principalmente das Deusas Fauna e Flora.

Trilha de aventura

A narrativa começa com a espera do nascimento da princesa U;Yara, que na imaginação da escritora é uma menina forte e disposta a encarar aventuras, ;Na história, U;Yara é uma pessoa que vê as coisas de um jeito diferente, que quer que meninos e meninas tenham os mesmos direitos;. Segundo Margarida, a protagonista é filha da rainha, mas, para chegar ao trono, precisa enfrentar uma tribo de pensamentos tradicionais e preconceituosos. Por medo de perder poder e sem querer aceitar que os homens tenham voz nas decisões políticas e sociais, as mulheres fazem de tudo para impedir que a menina vire rainha, e os homens, sem saber como agir diante das futuras mudanças, precisam aprender a impor suas vontades.
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