Por tocar em assuntos delicados, as ilustrações satíricas sempre sofreram perseguição, desde que foram criadas, no século 19, por pessoas opostas a governos ou críticos políticos que queriam se expressar de forma inusitada. Mesmo reprimidos, esses desenhos ganharam popularidade e causam celeuma até hoje.
No início do mês, quatro cartunistas foram mortos em atentado à revista Charlie Hebdo, em Paris. Um deles, Georges Wolinski, em especial, era reverenciado por ícones do cartum brasileiro. A irreverência de Wolinski influenciou artistas no Brasil que passaram a se organizar em torno de um projeto que se tornaria um verdadeiro patrimônio do humor brasileiro: O Pasquim, idealizado por figuras como Millôr Fernandes, Jaguar, Claudius, Tarso de Castro e Sérgio Cabral.
;Bebíamos avidamente aquele humor satírico, cáustico e muito engraçado. Para o Charlie Hebdo nada é sagrado. É o humor em estado bruto. Na época da ditadura era o que precisávamos, um humor político direto e sem muita sutileza;, afirmou em seu site o cartunista Nani Lucas.
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