O teatro, localizado dentro da unidade da Rede Sarah da Asa Sul, tem se revelado fundamental nos tratamentos de recuperação dos pacientes ali internados. Antes utilizado somente como espaço cultural, o local ganhou a denominação de Teatro Sarah há menos de um mês. Coube à atriz Eva Wilma, e companheiros de elenco da peça Azul resplendor, reinaugurar a sala.
;Eu não me lembro de ter feito algo do tipo. Apresentar uma peça inteira dentro de um hospital. Foi um marco em minha carreira;, comentou Eva, após a primeira sessão, voltada para os pacientes e funcionários da rede. As macas, cadeiras de roda e soros, espalhados pelo público, não atrapalharam. ;Não mudou nada. Não interfere no espetáculo. A real mudança, eu senti na minha postura. Como se a responsabilidade fosse maior;, relatou a experiente atriz, que completou 60 anos de carreira e 80 de vida, em 2014.
A escolha do bem-humorado espetáculo agradou. ;Pela primeira vez, vi uma peça. Gostei muito;, revelou Rafael Brito, que assistiu à apresentação em cima de uma maca. Vítima de bala perdida, aos 6 anos, Rafael não movimenta as pernas. Ele adorou a experiência: ;A gente se esquece da dor, do desconforto. Uma ótima forma de mudar os ares;, disse.
Prescrições
O depoimento de Rafael vai ao encontro da forma de trabalho implementada pela neurocientista Lucia Braga, presidente e diretora das 11 unidades da Rede Sarah pelo país. A doutora Lucinha, como costuma ser carinhosamente chamada pelos pacientes, sempre investiu na cultura como aliada dos tratamentos de recuperação. Música, cinema, literatura, teatro e artes plásticas são elementos recorrentes pelos corredores dos hospitais. ;Nossas pesquisas já comprovaram que a oferta desse tipo de estímulo traz melhoras significativas para a saúde física e mental dos pacientes."
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .