Os livros de J.R.R. Tolkien, O hobbit e O senhor dos anéis, ficaram conhecidos por uma linguagem de difícil leitura. Os principais motivos para isso são a quantidade de informações nas obras para contextualizar o leitor no ambiente criado pelo autor e também o fato de eles terem sido escritos nos anos 1930.
A dificuldade costuma ser apontada pelos leitores, mas, recentemente, dois atores que fizeram parte da trilogia de O senhor dos anéis admitiram também contaram ter tido problemas com o texto de Tolkien. Sean Astin, que vivia Sam (o melhor amigo de Frodo), revelou que leu os livros apenas por trabalho, só que nunca apreciou realmente a linguagem do autor e, que, também não leu os roteiros dos longas completos. "Lia apenas as minhas falas e pulava o resto", disse durante um evento no Brasil. Brad Dourif, o Grima Língua de Cobra, também falou que não gostou da forma como Tolkien escrevia.
Novos idiomas
Para Tolkien parece que não bastou inglês, espanhol, português, japonês e tantas outras línguas em todo o mundo. O autor resolveu criar novos idiomas em O senhor dos anéis e O hobbit. Os anões, por exemplo, falam Khuzdul, que foi criada com base no hebraíco e em línguas semitas. Além disso, os elfos conversam em várias línguas. Tem o Quenya, que é inspirada na fonética do finlandês com uma mistura de galego-português, e o Sindarin, baseado no galês.
Muitos machucados
Vários atores das duas sagas se machucaram durante as gravações. Viggo Mortensen, o Aragorn, quebrou os dedos dos pés em uma das cenas de As duas torres, em que o personagem chuta um capacete com toda a força ao ver um monte de orcs queimados. A gravação foi repetida diversas vezes, na última tomada, ele deu chute tão forte que fraturou dois dedos dos pé. O grito de dor acabou ficando na cena que é exibida no filme. O ator também quebrou um dos dentes no filme.
Marcados para sempre
Os nove atores que integraram a Sociedade do Anel, no primeiro filme de O senhor dos anéis, resolveram fazer um pacto durante as gravações. Sean Astin disse, durante evento no Brasil, que todos tatuaram a palavra nove em élfico em algum lugar do corpo. O astro fez a marca em seu pé direito. Ian McKellen tatuou a inscrição no braço.
Participação especial
A filha de Sean Astin nasceu pouco tempo antes do ator começar as gravações de O senhor do anéis. Ela e a esposa do astro sempre acompanharam as gravações, por isso, no último filme O retorno do rei, a garota, que na época tinha 3 anos, participou de uma das cenas do longa-metragem. Atualmente, a jovem tem 18 anos.
Mais uma ponta
A esposa de Peter Jackson gravou o grito de Nazgul, os filhos do diretor Billy e Katie fizeram uma ponta nos filmes de O senhor dos anéis, mas ele também não quis ficar de fora e participou como figurante nos três longas da primeira saga.
Dupla inseparável
Martin Freeman, o grande astro de O hobbit, é conhecido também por fazer parte da minissérie Sherlock Holmes em que atua ao lado do amigo Benedict Cumberbatch. Recentemente, Freeman revelou que torceu para que Cumberbatch não aceitasse ser o dublador do dragão Smaug no filme. O motivo? Ele não aguentava mais as piadas sobre os astros serem um casal por estarem "inseparáveis" também na vida profissional.
Nada de mulheres
Nos livros de Tolkien há pouco destaque para as personagens femininas, porém, na adaptação cinematográfica, Peter Jackson resolveu aumentar a participação das mulheres. Em O senhor dos anéis, o papel de Liv Tyler (a elfa Arwen) ganhou muito mais participação do que na obra. Já em O hobbit, o diretor trouxe Galadriel (Cate Blanchett) de volta aos filmes e resolveu criar a personagem de Tauriel, interpretada por Evangeline Lilly.
Reaproveitamento
Se em O hobbit não deu para a produção aproveitar a tecnologia usada de O senhor dos anéis, pelo menos as perucas de alguns personagens puderam voltar ao filme. Os atores que interpretam Galadriel, Legolas (Orlando Bloom) e Frodo (Elijah Wood) utilizaram os mesmos cabelos artificiais para reviver os papéis na nova saga.
Acabou
O diretor das duas adaptações para os cinemas, Peter Jackson, contou durante uma conferência de imprensa sobre o lançamento de O hobbit: A batalha dos cinco exércitos, que esse deve ser o último filme sobre livros de Tolkien. O hobbit e O senhor dos anéis tiveram os direitos para as telonas vendidos antes de Tolkien morrer ainda no fim dos anos 1960. O restante das obras são direito do espólio do autor e só poderão virar longas com a cooperação da família.