A partir do romance épico de fantasia, leveza e humor, escrito por Tolkien, o diretor neozelandês projetou uma viagem obscura, quase de tortura. O filme tem personagens que não estão no livro, como a elfa Tauriel, interpretada por Evangeline Lilly, protagonista da série de televisão "Lost", presente desde a segunda parte da saga.
"Para Tolkien, a publicação não contava a história completa", disse a produtora, que assegura ter se inspirado nas notas deixadas pelo autor para suas contribuições.
A trilogia mais cara da história
Rodado na Nova Zelândia, o filme tem início com o ataque ao povo do dragão Smaug, oferecendo duas horas e 24 minutos de ação quase ininterrupta, com grandes efeitos especiais.
Estas cenas foram uma oportunidade para que Benedict Cumberbatch, um dos atores britânicos do momento, pudesse realizar um exercício que está pouco acostumado, uma vez que o artista interpreta o próprio dragão.
Além de dar voz ao monstro, equiparam o ator com sensores para dotar o personagem de gestos mais realistas.
O longo terá estreia apropriada, logo antes das festas de Natal, e promete dominar a bilheteria, como fizeram as duas partes anteriores, com 2 trilhões de dólares arrecadados nas salas de cinema. Suficiente para cobrir o custo excepcional da trilogia que, segundo o jornal britânico The Guardian, é o mais alto da história e totalilzou 730 milhões de dólares.
Para Peter Jackson, que passou 16 anos filmando e produzindo seis filmes baseados na obra de Tolkien, este é, possivelmente, o final de uma longa aventura. "A ideia de rodar um drama, com gente em uma casa, parece-me especialmente atrativa neste momento", brincou.