O ator Roberto Gómez Bolaños, conhecido por ter interpretado os personagens Chaves e Chapolin, morreu nesta sexta-feira (29/11), aos 85 anos, informou a rede de televisão Televisa
[SAIBAMAIS]De acordo com informações da imprensa mexicana, o ator, escritor e roteirista morreu em sua casa em Cancún, no México. Ele enfrentava há anos problemas respiratórios e vivia afastado das atividades criativas. Em suas últimas aparições públicas, Gómez Bolaños sempre se deslocava com o auxílio de uma cadeira de rodas.
"Estou em estado de choque, jamais pensei que isto fosse me afetar tanto (...). Vou lembrar sempre do seu sorriso", disse o ator Édgar Vivar, o "Seu Barriga", da série Chaves.
Além de ator, Gómez Bolaños foi o criador de algumas das séries mais populares da história da televisão da América Latina, como o irônico anti-herói "Chapolin Colorado".
História de sucesso
No ar há 30 anos (a estreia foi em 24 de agosto de 1984), o programa Chaves é uma das principais atrações do SBT. A emissora exibe nesta sexta, às 21h15, um especial sobre Roberto Bolaños, com a história do humorista.
Nascido em 21 de fevereiro de 1929, na Cidade do México, se formou em engenharia elétrica, pela Universidade Nacional Autônoma do México. Começou a carreira na rádio e na televisão em 1950. O humorista escrevia os roteiros do programa da dupla Viruta e Capulina.
Em 1968, ele foi o escritor do programa Los Supergenios de la Mesa Cuadrada. Na atração, ele também atuava, ao lado de Ramón Valdés, Rubén Aguirre e María Antonieta de las Nieves (que viriam a ser Seu Madruga, Rubén Aguirre e María Antonieta de las Nieves, respectivamente). A atração foi o embrião para os produtos de maior sucesso do roterista, Chaves e Chapolin.
O héroi vermelho surgiu em em 1970. Em 1971, criou Chaves, o programa de maior sucesso. Em 1973, o quadro virou uma atração independente, de 30 minutos, exibida após o Programa Chesperito.
Shakespeare latino
O apelido Chesperito, pelo o qual o ator era conhecido na América Latina, foi dado a Bolaños por conta de seu talento como roterista. Os colegas o consideravam um pequeno William Shakespeare, capaz de escrever histórias comoventes e de grande repercussão.