O teatro de Brasília vive um momento de paradigmas. Enquanto os espaços culturais fecham ; vide o Espaço Renato Russo, o Mosaico e o Teatro Nacional ; o número de artistas cresce. E eles não esmorecem diante das condições frágeis do panorama. Aos poucos, Brasília renova o público do teatro local por meio de uma nova geração de artistas disposta a provocar, fazer e acontecer.
[SAIBAMAIS]E nem só de atores vive o palco. Cenógrafos, diretores, dramaturgos, iluminadores; fotógrafos! Registrar os espetáculos se tornou um estimulante desafio profissional para quem vive de imagens por aqui e, claro, se interessa pelo gênero. Entres alguns nomes que começam a despontar, Sartoryi e Alexandre Magno aparecem como donos da cena, a exemplo de Diego Bresani, que há anos circula por entre as produções brasilienses e acabou por se tornar uma das mais queridas figuras do meio.
Embora não trabalhe somente com o teatro, Sartoryi vem se aprofundando no tema e já conta com um belo portfólio. ;No registro de espetáculos teatrais, eu gosto de acompanhar o processo de ensaios, chegar cedo no local da apresentação, conversar e observar a equipe toda;, afirma.
Entre os diferenciais, Sartoryi acredita que ;a interatividade com o elenco em um nível mais profundo; seja fundamental para garantir boas imagens.
Colega de profissão, e contabilizando 25 anos de estrada, Alexandre Magno defende que o registro fotográfico de uma peça permite ;fazer parte de uma história como testemunha;. Com ares poéticos, Magno compara a experiência à leitura: ;É como ler um livro e trazer à tona as imagens que se criam em minha imaginação;.
O resultado tem alcançado visibilidade e os grupos da cidade, cada vez mais, abrem espaço para que Sartoryi e Alexandre Magno possam registrar a essência de um processo cênico levado aos palcos. Momento de catarse para público, artistas e fotógrafos.