Diversão e Arte

Festival São Batuque enaltece a diversidade da percussão brasileira

O evento começa nesta terça-feira (11/11) e segue até domingo

postado em 11/11/2014 08:05

O grupo pernambucano Bongar se apresenta nesta quinta-feira (13/11) e lança o disco Chão batido coco pisado: oficinas e intercâmbio com os grupos brasilienses

Começa hoje o festival São Batuque, que celebra a diversidade da percussão brasileira. Até domingo, vários pontos do Distrito Federal receberão shows e oficinas com grupos musicais que carregam o batuque em sua essência. ;O projeto nasceu em 2007, quando eu ainda integrava o grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro. Naquele momento, percebi que o tambor era algo bem maior, que ia além do tocar. Aí nasceu o encontro de batuqueiros que, no início, era mais voltado para oficinas;, conta Stéffanie Oliveira, coordenadora e curadora do festival.



[SAIBAMAIS]As oficinas de percussão com o grupo Alafin Oyó (PE), na Sede do grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, e com o instrumentista Nego Henrique (PE), no Templo Espiritual Rosa Branca, abrem a programação, que também se estende, sábado e domingo, na Praça do Orixás. No sábado, a partir das 16h, grupos brasilienses e pernambucanos concretizam o intercâmbio das oficinas no palco. Coco de Xambá Bongar (PE); Filhos de Dona Maria; e Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro mostram a diversidade das culturas de terreiro.

O show Canto negro (PE) encerra as atrações musicais de sábado. O espetáculo, com direção musical de Karynna Spinelli e Nego Henrique, faz uma saudação aos Orixás, mesclando batuques sagrados do candomblé à MPB. No domingo, Karynna canta músicas do primeiro disco, Morro de samba (2010), e do trabalho mais recente, Negona, lançado neste ano. O encontro de Batuqueiros (PE/DF) e de Capoeira Angola Nzinga e Nzambi; e os grupos Ilê Axé Oyá Bagan e Alafin Oyó (PE) completam a programação no último dia de festival.

Arte negra
Em sua sétima edição, o São Batuque se consolida como um dos principais eventos que valorizam a cultura afro-brasileira no DF. Palco para atrações locais, nacionais e internacionais, o festival já recebeu Martinha do Coco, Samba de Coco Raízes de Arco Verde (PE), Filhos de Gandhy (BA), Moçambique de Santa Efigênia (MG), Petit Mamady Keita e Fanta Konatê (Guiné).

;O povo brasileiro tem em sua essência a cultura negra, e este evento potencializa essa cultura, que é algo inegável;, comenta Stéffanie Oliveira. ;O festival aconteceria entre agosto e setembro, porém, sem apoio e verba da Secretaria de Cultura, foi transferido para uma data mais à frente. Ao saber que nada seria feito para comemorar o Dia da Consciência Negra, fizemos questão de mantê-lo em novembro;, frisa.


Programe-se

Hoje e amanhã
Das 9h às 12h, oficina de percussão com Alafin Oyó, na Sede do grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro (813 Sul)
Das 19h às 22h, oficina de percussão com Nego Henrique, no Templo Espiritual Rosa Branca (Samambaia)

Quinta e sexta
Das 16h às 19h, oficina de coco xambá com os grupos Bongar e Filhos de Dona Maria, no Balaio Café (201 Norte)

Sexta
Das 19h às 22h, oficina de percussão com Alafin Oyó, no Ilê Axé Oyá Bagan (Núcleo Rural do Córrego do Tamandu)


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