Ela faz parte da vida cotidiana. Para algumas pessoas, é fonte de amor. No entanto, em outras, inspira um ódio puro concentrado. A fonte Comic Sans completa 20 anos de existência colecionando uma discussão acalorada em torno do uso (para contar a história da Comic Sans, nós a usaremos extraordinariamente nesta matéria). Os leigos, porém, precisam saber que uma fonte ou tipografia são os nomes dados às diferentes espécies de estilos de letras que usamos para escrever.
Entre milhares de outras fontes, a Comic Sans tem como peculiaridade a semelhança com a caligrafia humana. Diferentemente das fontes serifadas, que lembram imponência aristocrática, ela é dona de uma composição simples, redonda, próxima ao traço da mão humana. O design da letra foi visto pela primeira vez no programa de computador MS Movie Maker, em 1994.
[SAIBAMAIS]Depois, ela foi incluída no cardápio de fontes do Windows 95, no qual se popularizou. Vincent Conrad, o pai da criança, quis inventar uma tipografia que se aproximasse da escrita de pessoas comuns. ;Tentava fazer algo similar às letras usadas pelas editoras DC. Comics, Marvel e outras editoras especializadas em quadrinhos. Uma das referências foi o Batman ; O cavaleiro ressurge. Tomei cuidado para não copiar exatamente as letras. Usei vários cantos arredondados e desenhei letras várias e várias vezes até chegar ao resultado que queria;, relembra o designer, em depoimento postado na internet.
A Comic Sans é totalmente inspirada nas fontes usadas em revistas de quadrinhos. É bom frisar que quase sempre os artistas gráficos desenham as letras de diálogos e os textos que aparecem nas páginas da publicação. O quadrinista brasiliense Gabriel Mesquita acredita que a tentativa de imitar a escrita dos quadrinhos é que a letra é tão malvista entre os profissionais de HQs.
Uso excessivo
;Exatamente por tentar emular a fonte dos quadrinhos é que os quadrinistas possuem um especial ódio por ela... (risos). Acho que não existe uma fonte padrão para os quadrinhos, a maioria das publicações autorais usa letras próprias;, esclarece um dos autores da revista Samba.
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