"Espetáculo quase interrompido ou se rompendo para sempre", classificou o autor. Ainda pela rede social, Gerald rebateu informações publicadas por um colunista carioca, que descrevia uma "bronca" passada por Ney contra a mulher. "Tudo exatamente o contrário. O Ney foi xingado por essa mulher", afirmou o diretor. Pessoas presentes no teatro relataram pela internet que a saída da mulher foi aplaudida pelo elenco.
Segundo o diretor, que escreveu ;Entredentes; especialmente para Latorraca, o ator foi alvo de ofensas pessoais por parte da espectadora desde o início da sessão. "O que vocês fariam se fossem insultados por uma demente e chamados de ;viado; e ;filho da puta; por vinte minutos de espetáculo correndo?", questionou Thomas.
Em cartaz no Teatro Sesc Ginástico, Centro do Rio, a peça entra em sua reta final de temporada neste fim de semana. Criada por Gerald Thomas como uma espécie de celebração dos 50 anos de carreira de Ney Latorraca, o espetáculo critica com bom humor os horrores contemporâneos, partindo do extremismo religioso. A trama mostra o encontro entre um radical islâmico e um judeu ortodoxo em pleno Muro das Lamentações, nos arredores de Jerusalém. No elenco, além do veterano dos palcos, estão Edi Botelho e Maria de Lima.
Em nota, o Sesc Rio lamenta o desentendimento entre o ator Ney Latorraca e a espectadora. A temporada transcorrerá normalmente com apresentações desta sexta-feira (31/10) a domingo (2/11), às 19h.