postado em 25/10/2014 08:02
O bom momento que Brasília vive no campo das artes gráficas será celebrado hoje, a partir das 14h, no Motim, evento que mistura festa com feira de produções independentes e comemora o primeiro aniversário do Sindicato, coletivo de arte criado por uma turma de amigos na 705 sul. ;Para celebrar a data, pensamos em fazer não só uma festa, mas em reunir e divulgar a produção de vários artistas da cidade: de revistas a pôsteres, passando por fotografias. Têm surgido vários coletivos na cidade, e a troca entre eles é muito boa. Vivemos uma concorrência saudável;, conta Santiago Mourão, ilustrador, produtor cultural e um dos criadores do Sindicato.
O Sindicato surgiu da união entre as empresas publicitárias Ilustrativa, Comoéquetálá e a turma de quadrinistas do jornal Pimba. O coletivo está representado no Retrato Brasília ; projeto que busca mapear a cena cultural do Distrito Federal realizado pelo Correio em parceria com o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) ; por meio de Santiago Mourão, que foi escolhido como um dos artistas influenciadores da capital. ;O Sindicato foi uma revolução para nós. Todo o processo de produção gráfica acontece aqui, desde a criação até a impressão e o corte. Começamos a produzir muito mais peças autorais;, afirma Mourão.
Além de oferecer um espaço para os seus colaboradores, o coletivo incentiva a troca entre os artistas e o público por meio de cursos e eventos, como o próprio Motim. Ao som do Confronto Soundsystem e de outras atrações da música eletrônica, o evento reúne cerca de 20 expositores e promove os lançamentos da segunda edição do jornal Pimba e da primeira edição da Smegma, revista em quadrinhos de humor ácido e escrachada do sergipano Pablo Carranza. Criado por Caio Gomez, Felipe Sobreiro, Leandro Mello, Daniel Carvalho e Danylton Penacho no começo do ano, o jornal brasiliense Pimba busca oferecer quadrinhos de qualidade a preços justos. ;Hoje, existe a tendência de se ;gourmetizar; todas as artes. O Pimba é quadrinhos sem frescura. Menos artísticos e mais livres;, explica Gomez.
O jornal não é a única plataforma inusitada usada pelos ilustradores para divulgar as suas produções. Os artistas da Canivete Camiseteria imprimem os seus desenhos em camisetas, prints e bottons, e assim permitem que eles cheguem a mais pessoas. ;A Canivete é uma loja móvel que trabalha com ilustrações exclusivas dentro de uma temática. Nove estampas sobre mitos foram criadas para a nossa primeira coleção, que traz artistas brasileiros e estrangeiros, a maioria sem muita projeção no mercado. O nosso objetivo é divulgar esses trabalhos e mostrar que o padrão de qualidade daqui é igual ao lá de fora. Quando você usa a camiseta, mais pessoas terão acesso ao trabalho daquele artista. É diferente de um quadro que você pendura em casa;, diz Bruno Almeida, um dos idealizadores do projeto.
Motim
Neste sábado (25/10), a partir das 14h, Motim no Sindicato (705 sul, Bl. A, Cs. 35; 3202-5255). Entrada franca.
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