Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

HBO passará a ser um serviço online nos Estados Unidos em 2015

O serviço de televisão por internet vai funcionar no mesmo estilo do Netflix, possibilitando que espectadores sem TV a cabo assistam a séries como 'Game of Thrones' e 'Girls'

Nova York - A gigante do entretenimento, Time Warner, disse nesta quarta-feira (15/10) que o canal por assinatura HBO vai oferecer no ano que vem um serviço de televisão por internet no mesmo estilo do Netflix, possibilitando que espectadores sem TV a cabo assistam a séries como "Game of Thrones" e "Girls".

Esta medida permitirá ao canal, que também transmite os programas de grande audiência "Sex and the City" e "The Wire", entrar no mercado em ascensão e muito competitivo de vídeo "streaming".

A HBO via internet, que poderá ser acessado somente nos Estados Unidos, também representará um problema para as operadoras a cabo.

Richard Plepler, presidente do canal, afirmou que esta nova iniciativa será "transformadora" porque, pela primeira vez, a HBO vai fornecer seu serviço diretamente aos consumidores.

Pleper não deu detalhes sobre a data de lançamento nem sobre o custo da assinatura do novo serviço, que será destinado a pessoas que não têm TV a cabo ou sem acesso a serviços mais caros.


"Vamos trabalhar com nossos sócios atuais e explorar modelos de negócios com novos sócios", afirmou Pleper, ao explicar os esforços para chegar a 80 milhões de lares que, atualmente, não têm acesso ao canal nos Estados Unidos.

O novo serviço da HBO será equivalente aos de Netflix, Amazon e Hulu, que estão ampliando e melhorando cada vez mais suas produções.

A notícia não é tão boa para as operadoras a cabo e de televisão via satélite, que oferecem pacotes de inúmeros canais, entre os quais a HBO normalmente se destaca como uma das principais ofertas.

"Seus maiores medos se tornaram realidade", disse o analista da Forrester Research, James McQuivey.

"A HBO transmite um dos conteúdos mais caros da televisão e atrai muitos jovens, que provavelmente não serão mais assinantes de TV a cabo nos próximos cinco ou dez anos", concluiu McQuivey.