O grupo britânico Portishead também aproveitou os 20 anos de seu primeiro álbum, "Dummy", para lançar uma reedição em vinil no fim de agosto. O Pink Floyd, que deve lançar um novo álbum em novembro, também relançou seu disco mais recente, "The Division Bell" (1994). As gravadoras e os artistas sempre mencionam em primeiro lugar a qualidade do som, graças à remasterização, para justificar as reedições especiais.
Mas o argumento técnico não convence Florent Mazzoleni, autor do livro "L;Odyssée du rock" (A Odisseia do rock). "Talvez você escute a diferença quando está no estúdio, mas fora isso você tem que ser realmente um especialista ou ter equipamentos excelentes para perceber", afirma. "É apenas uma questão de revender o ;catálogo antigo;, apesar de ter o mérito de fazer uma seleção entre os discos importantes e secundários", destaca.
As gravadoras também tentam convencer os fãs de que não se trata de explorar "a máquina de fazer dinheiro". "As reedições realmente permitem a formação de uma discoteca e que as jovens gerações, que não conheceram os artistas, os descubram" afirma Jean-Luc Marre, diretor de publicidade da Pias, selo que reedita a obra do Oasis. Outro ponto de interesse é "romper o mercado dos colecionadores". Para Marre, a reedição em breve, em vinil, dos álbuns de Nick Cave permitirá que novamente sejam acessíveis os primeiros álbuns do artista australiano que, atualmente, são encontrados por no mínimo 100 euros (126 dólares).