As inovações estéticas e artísticas que propunha foram, gradativamente, enjoando o público. Em seis anos, a excentricidade deu lugar à esquisitice, que, por sua vez, abriu caminho para os ataques aos religiosos até culminarem em uma performance com direito a vômito inserido no discurso de arte que apenas ela e sua equipe compreendiam.
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Nesse ponto, Lady Gaga já não era mais interessante ao público. A cantora, então no status de diva pop com uma legião de fãs ardorosos, viu a própria equipe criativa se desfazer e as vendas dos discos despencarem com a carreira que lhe parecia sólida. Ela própria assume que a colocaram em um patamar onde não estava. O tão estimado Artpop, lançado no fim de 2013, foi um completo fracasso de vendas e quebrou de vez o império da cantora.
Mas, há uma semana, Gaga pôde, enfim, ter um suspiro de esperança para a carreira. Talvez a última cartada dela para não ser, definitivamente, engolida pela indústria a qual se submeteu, o álbum Cheek to cheek, em parceria com o veterano Tony Bennett, vem agradando ao público e à crítica. Em cinco dias, o disco que revisita clássicos do jazz alcançou o primeiro lugar no ranking mundial de lançamentos do iTunes, serviço de vendas on-line da Apple. A previsão inicial é de que 125 mil cópias sejam vendidas até o fim desse primeiro período.
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