;O fado soube se renovar, embora mantendo as suas principais características, integrou novas abordagens mais arejadas e contemporâneas;, explica o professor doutor Vítor Reia-Baptista, da Universidade do Algarve, Portugal. Um exemplo disso é o último álbum do cantor António Zambujo. Lançado em 2012, o disco Quinto traz fortes influências do canto fadista ; no qual Zambujo é consagrado com diversas premiações ;, e de ritmos como MPB, samba, jazz, entre outros. O artista também possui colaborações com músicos brasileiros, tais quais a sambista Roberta Sá e o violonista Yamandu Costa.
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Se não bastasse admitir que parte da formação musical vem de terras tupiniquins, o sotaque típico da região do Alentejo, onde nasceu na cidade de Beja, o aproxima da sonoridade brasileira, utilizando inclusive o gerúndio, algo incomum em Portugal.
De volta a uma vertente do fado mais clássica, dois nomes saltam aos olhos: Ana Moura e Mariza. Ana traz em seu último disco de estúdio, Desfado, apostas com nomes da nova geração de músicos de Portugal, incluindo aí António Zambujo na faixa Despiu a saudade. Mariza mantém a tradição do estilo e, ao mesmo tempo, inicia um repertório de interpretações em outros idiomas.
Apesar de menos tempo de carreira do que Ana Moura e Mariza, o nome da jovem Carminho desfruta de muito prestígio em Portugal. Antes de ser tornar cantora de fado, percorreu o mundo durante quase um ano para tomar a decisão de lançar o primeiro disco, em 2009. Por exemplo, participa da música Recife, do pernambucano Alceu Valença, além de contar com as vozes de Chico Buarque, Milton Nascimento e Nana Caymmi em seu segundo disco, Alma (2012).
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