postado em 07/09/2014 08:00
O mercado da música costuma ser hostil com os novatos. Falta espaço, sobram talentos. Se já é difícil conseguir um lugar ao sol no país de origem, imagine em paisagens estrangeiras. O jazz está para os Estados Unidos como o samba para o Brasil: são os gêneros que melhor definem a personalidade dessas nações. Jovens ex-estudantes da Universidade de Brasília e da Escola de Música, cada um a seu tempo, ignoraram esse detalhe e foram se meter a fazer um som tipicamente norte-americana na terra de Tio Sam. Escolheram Nova York ; que não é a capital do jazz, mas é a capital do mundo.
Os brasilienses Lívio Almeida, Luiz Ebert, Eduardo Belo e Fernando Arruda saíram das salas de aulas do Departamento de Música da UnB e da Escola de Música de Brasília para tentarem o sonho americano ; e têm conseguido, aos poucos, êxito em suas caminhadas. Os músicos se apresentam com frequência na noite da cidade, ao lado de instrumentistas de todo o mundo, e também têm oportunidade de mostrarem seus próprios trabalhos. ;Acredito que os EUA, por serem um país criado por estrangeiros, dá muito valor a quem vem de fora. Acho que é vantagem ser estrangeiro aqui, e não o contrário;, defende o baterista Luiz Ebert.
As várias casas de jazz que Nova York abriga abrem espaço para as mais diversas manifestações do gênero. E aí não apenas os brasilienses, mas artistas de todas as localidades, podem correr atrás de reconhecimento. ;NYC é o principal polo desse estilo de música e também a cidade que, provavelmente, possui a cena musical mais movimentada do mundo, onde os melhores se encontram e muitos movimentos de vanguarda surgem;, detalha o saxofonista Lívio Almeida, que mudou-se para Nova York em 2009, um ano depois de se graduar na UnB, para estudar e se aprofundar no jazz.
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