Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

DJs brasilienses se inspiram nos colegas internacionais para fazer carreira

Assim como acontece entre os jogadores de futebol, chegar ao panteão dos mais ricos DJs do mundo exige talento, sorte e, é claro, muito esforço



Assim como acontece entre os jogadores de futebol, chegar ao panteão dos mais ricos DJs do mundo exige talento, sorte e, é claro, muito esforço. Quando ingressou na carreira, há quase 15 anos, Raul Mendes dirigia um carro usado, não tinha equipamento próprio e tocava de graça, sem ganhar cachê nem consumo nas festas que animava. ;Já toquei com a balada vazia, só para os seguranças. Bajulei muito cara que fazia evento, vendi ingressos e levei lanche para os artistas maiores;. Seis anos depois da primeira ação remunerada, ele não toca por menos de R$ 2 mil a hora. Seu maior rendimento foi de R$ 6 mil reais por uma hora e meia de som. ;Mas era réveillon;, explica.

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Marketing pessoal

Agenciado pela Plus Talent, que organiza a vida de pelo menos 50 DJs (entre eles, os prestigiados Gui Boratto e Mário Fischetti), e residente do festival brasiliense Federal Music, Raul está cotado para se apresentar na edição brasileira do festival Tomorrowland ; o maior evento de música eletrônica do momento ;, marcado para ano que vem em São Paulo. ;Existem muitas dificuldades no mercado, mas acho que marketing pessoal e networking são dois elementos que podem facilitar a vida de quem tem talento;, ensina.

Desde 2006, Tiago Vibe investe em música. O DJ elabora sets e os compartilha on-line, gratuitamente. ;Foi assim que as pessoas começaram a me conhecer e a ouvir meu som;, lembra. Tudo começou depois que entrou em um curso de mixagem e aprendeu a manejar as picapes. Ele chegou a largar o emprego e a se mudar para o Rio de Janeiro, a fim de conquistar mais notoriedade no meio LGBT, no qual atua. Seu cachê médio é de R$ 2 mil, aos sábados, e R$ 1,2 mil, às sextas e aos domingos. O currículo inclui apresentações na Europa, ao preço de 500 euros.

Atualmente, Vibe negocia com a boate paulista The Week, batalhando para entrar no time de residentes da mais famosa balada gay do Brasil. Voltou a morar em Brasília e figura na Kathedral, na festa Republika e na boate Victoria Haus.

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