Geraldine Chaplin participou de coletiva de imprensa bem humorada e com várias referências ao pai, Charles Chaplin, hoje, às 15h30, no Cine Cultura Liberty Mall. ;Vivo na sombra do meu pai, e eu gosto disso. Quando não me perguntam sobre ele, eu fico incomodada;, brincou a simpática homenageada do Brasília International Film Festival (BIFF) deste ano.
A atriz, casada com o cineasta chileno Patricio Castillo, respondeu aos 40 minutos de perguntas em espanhol. A principal curiosidade dos presentes era saber como Chaplin era como pai: ;Meu pai estava sempre trabalhando em casa, no seu estúdio. Ele era muito rígido. Às 18h, ele saía para jogar tênis; e às 19h, voltava e ficava com a gente. Ele era um pai muito presente. Víamos ele todos os dias;, disse.
[SAIBAMAIS]Geraldine também aproveitou as perguntas sobre o pai para falar de sua obra: ;Meu pai tinha mais dinheiro do que o seu personagem no filme O garoto, que é uma obra fascinante. Talvez a minha favorita, porque foi uma revolução na comédia. Naquela época, comédia e drama não se misturavam. Mas meu pai quis fazê-lo e pela primeira vez se teve um filme que você podia rir e chorar ao mesmo tempo;.
Críticas ao cinema norte-americano também se fizeram presentes: ;Nos Estados Unidos é preciso ser jovem e barbie para conseguir um papel. Eu consegui vários porque é preciso de alguém para interpretar os velhos;, disse Geraldine, que não escondeu a insatisfação com a velhice. ;A passagem do tempo é um massacre, físico e mental. Não encontro nenhum atrativo na velhice. Não acredito que os mais velhos são mais sábios. É como um país sem mapas;.
Além das perguntas, Geraldine recebeu elogios, agradecimentos e um pedido para deixar uma mensagem aos brasileiros: ;Não posso deixar mensagens aos brasileiros. Eles é que me deixam mensagens todos os dias. Estou muito emocionada com o carinho de todos;.