Em cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro na noite desta terça (26/8), foram anunciados os vencedores da 13; edição do Grande Prêmio brasileiro. E o grande vencedor tem sotaque brasiliense: Faroeste caboclo, de René Sampaio, levou para casa sete prêmios Grande Otelo, incluindo os de filme, ator (Fabrício Boliviera) e roteiro adaptado.
[SAIBAMAIS]O diretor René Sampaio se disse ;surpreso, mas nem tanto; e lembrou que o filme é ;muito pessoal; e começou quando ele tinha 14 anos de idade e ouvia a música de Renato Russo nas rádios de Brasília.
Emocionado e muito aplaudido pelo público, Fabrício Boliveira recebeu o prêmio de melhor ator das mãos dos experientes cineastas Luiz Carlos Barreto, Nelson Pereira dos Santos e Cacá Diegues.
Ao agradecer pelo o prêmio de trilha sonora, Philippe Seabra, da banda Plebe Rude, lembrou a amizade com Renato Russo, compositor da música que originou o premiado roteiro do longa. ;Fiquei preocupado ao ser convidado para o filme por ser amigo do Renato Russo e porque podia ser mais um caso de um aproveitador da obra de Renato, mas não era;, disse Seabra.
Mais Brasília
Renato Russo também foi lembrado na premiação quando a atriz Bianca Comporato recebeu o prêmio de atriz coadjuvante por Somos tão jovens. Ela interpreta Carmem Tereza Manfredini, irmã de Renato, a quem dedicou o prêmio.
Novidade
Uma das novidades do ano foi a inclusão da categoria melhor longa de comédia, vencido por Cine Holliúdi. O diretor Halder Gomes lembrou mestres do humor em seu agradecimento, começando por Grande Otelo passando por Renato Aragão, Chico Anysio e outros.
Confira os vencedores
Filme: Faroeste caboclo
Direção: Bruno Barreto (Flores raras)
Atriz: Glória Pires (Flores raras)
Ator: Fabrício Boliveira (Faroeste caboclo)
Ator Coadjuvante: Wagner Moura (Serra pelada)
Atriz Coadjuvante: Bianca Comporato (Somos tão jovens)
Fotografia: Gustavo Hadba (Faroeste caboclo)
Longa-metragem de ficção pelo voto popular: Cine Holliúdi, de Halder Gomes
Longa-metragem documentário pelo voto popular: Elena, de Petra Costa
Longa-metragem estrangeiro pelo voto popular: Django Livre, de Quentin Tarantino
Longa-metragem documentário: Luz do Tom, de Nelson Pereira dos Santos
Longa-metragem infantil: Meu pé de laranja lima, de Marcos Bernstein
Longa-metragem de animação: Uma história de amor e fúria, de Luiz Bolognesi
Longa estrangeiro: Django Livre, de Quentin Tarantino
Longa de comédia: Cine Holliúdi, de Halder Gomes
Som: Leandro Lima, Mirian Biderman, Ricardo Chuí e Paulo Gama (Faroeste caboclo)
Trilha sonora original: Philippe Seabra (Faroeste Caboclo)
Trilha sonora: Paulo Jobim (Luz do Tom)
Curta-metragem: Flerte, de Hsu Chien
Curta-metragem documentário: A guerra dos gibis, de Thiago Brandimarte Mendonça
Curta-metragem animação: O menino que sabia voar, de Douglas Alves Ferreira
Direção de Arte: José Joaquim Salles (Flores Raras)
Maquiagem: Siva Rama Terra(Serra Pelada)
Figurino: Marcelo Pires (Flores Raras)
Efeito Visual: Bruno Monteiro (Uma história de amor e fúria) e Robson Sartori (Serra pelada)
Montagem ficção: Márcio Hashimoto (Faroeste caboclo)
Montagem documentário: Marília Moraes e Tina Baz (Elena)
Roteiro Original: Kleber Mendonça Filho (O som ao redor)
Roteiro Adaptado: Marcos Bernstein e Victor Atherino (Faroeste caboclo)