postado em 18/08/2014 08:25
Os primórdios das histórias em quadrinhos ainda rendem hipóteses e seguem indefinidos ; são várias as conclusões publicadas acerca de suas origens, não há consensos. Instigados pelos mistérios que pairam sobre o assunto, os norte-americanos Dan Mazur e Alexander Danner, apaixonados pelas sequências ilustradas, se empenharam em desvendar as principais teorias e em relatar a evolução desta forma de arte no decorrer do tempo, principalmente a produzida de meados do século 20 à atualidade. Tudo que descobriram ao analisar centenas de HQs está no recém-lançado livro Quadrinhos ; história moderna de um arte global.Ao longo de quase quatro anos, os autores passaram incontáveis horas sob a luz das luminárias, devorando HQs de várias épocas e partes do mundo. A obra de Mazur e Danner narra o desencadear das revistas ilustradas no trajeto das últimas cinco décadas. Quase 300 ilustrações contemplam a publicação, que também descreve os caprichos, a técnicas e a trajetória de centenas de quadrinistas ; incluindo os considerados mestres em seus estilos, como Osamu Tezuka, Robert Crumb, Hergé e Jack Kirby.
Quadrinhos reúne materiais publicados desde o fim da década de 1960, quando as sequências ilustradas começaram a demonstrar potencial comercial no universo que mescla entretenimento e arte. Os norte-americanos avaliaram obras da Ásia, da Europa e da América de diversos segmentos; estudaram de mangás e revistas das tradicionais Marvel e DC Comics às publicações consideradas underground. ;Por mais tempo que tenha levado, foi muito divertido ter uma desculpa para sentar e ler centenas de quadrinhos e ainda poder chamar isso de trabalho!”, brinca Alexander Danner, em entrevista para o Correio.
Mesmo após dedicar parte de suas vidas às HQs ; além do livro, Mazur e Danner também trabalham na área (confira quadro), ambos autores ainda mostram dúvidas quando questionados sobre as origens dos quadrinhos ou quais países têm maior atuação no desenvolvimento dos mesmos. ;Tendo em vista que há vários países de grande importância, como Japão, França, Itália, Estados Unidos e Argentina, por exemplo, acho melhor ficar neutro e dizer Suíça, terra natal de Rodolphe T;pffer;, indica Dan Mazur. ;Para mim, a primeira vez em que foi usada uma forma de arte sequencial, que poderíamos reconhecer como contadora de histórias, é o período situado entre os anos 1830 e 1840, com o suíço Rodolphe T;pffer;, conclui.
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