O bandolim de 10 cordas tem sido fiel a Hamilton de Holanda em sua lida como intérprete e compositor. Juntos, reverenciaram a tradição, inventaram moda, adentraram salas de concerto e animaram bailes. O músico sempre paga com a moeda da dedicação, da técnica. Agora, Hamilton oferta algo mais: miniaturas sonoras que, no conjunto, são um monumento.
Crítica:
Por Gustavo T. Falleiros
Os Caprichos formam um catálogo de sons, possibilidades estilísticas e desafios para jovens instrumentistas. Os aspectos didáticos são incríveis por si só, mas essa prosa fica pra outro dia. O que o ouvinte comum percebe é música bonita. E isso ele vai ter de um extremo ao outro. Os momentos solos, como Capricho da Lua, são os mais líricos. As faixas de trio, com André Vasconcellos (contrabaixo) e Thiago da Serrinha (percussão), têm também muita ginga. Vá de Capricho do Carmo, por exemplo. Mas cada caprichinho tem seu encanto, confie.
Para não se estender muito, só uma breve menção ao pioneirismo do músico. O bandolim de 10 cordas começa, sim, com Hamilton de Holanda. Foi ele quem quebrou a cabeça com os luthiers Vergílio Lima e Tércio Ribeiro para desenhar um instrumento mais rico que o similar, de oito cordas. Com o repertório de Caprichos, abre-se uma via expressa para a nova geração afiar os dedos e esmerilhar a palheta.
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