Seu domínio do jazz impressiona, e o saxofonista americano Cannonball Adderley escolhe seu grupo, o "Rio Sextet", para gravar o álbum "Cannonball;s Bossa Nova", em 1963. Em 1966, Mendes alcançou sucesso internacional com o álbum "Sérgio Mendes & Brasil 66" principalmente com sua versão da música "Mas Que Nada", de Jorge Ben.
"Sou muito curioso"
Desde então, continuou a explorar a veia inesgotável de uma música cativante, que habilmente combina a cadência do samba, o groove do jazz, as harmonias vocais sutis da bossa nova e o refinamento do pop na Califórnia. No entanto, por trás do famoso músico e do aspecto comercial de seus temas, às vezes beirando o "easy listening", há um artista talentoso, com uma grande espontaneidade.
"Sou muito curioso, gosto de aprender, é por isso que eu falo francês de ouvido", diz Sergio Mendes. "Este álbum, eu fiz música por música. Foi muito espontâneo e a música é muito orgânica", acrescenta o artista com seu chapéu panamá.
Em "Magic" aborda diferentes estilos de música brasileira: ritmos baianos ou de Minas Gerais, o funk carioca, a bossa nova, samba canção, o marcharanço, samba de roda... sempre com a vontade de combiná-los com outros idiomas e adaptá-los para se adequar ao dia.
"A raiz da minha música é brasileira. No Brasil temos uma bela diversidade cultural e musical, entre a música da Bahia, do Rio de Janeiro, a música clássica, os ritmos vindos da África", destaca Sérgio Mendes. "Mas eu também gosto de rap", diz o artista, que gravou em 2006, junto uma nova geração de rappers americanos, "Timeless".
Duas canções de "Magic", incluindo "Don;t say Goodbye", de inspiração na bossa nova e interpretada por Johnn Legend, lembram que Sérgio Mendes inspirou muito a Stevie Wonder, que escreveu seis músicas para ele nos anos 70.