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Em Brasília, basta pensar em um gênero musical que um artista específico vem à cabeça. Isso acontece porque alguns cantores e algumas bandas dominam a agenda semanal de bares, restaurantes e casas noturnas da cidade e acabam se tornando para o público e até para os empresários do ramo um sinônimo daquele estilo de música. Há quem pense que a superexposição diária desses profissionais prejudique. Na prática, porém, é o contrário. Eles conseguem fidelizar a plateia, que os segue por onde passam ou, simplesmente, batem ponto naquela programação fixa.
;Acontece um fenômeno engraçado. O público se repete. Há pessoas que comparecem independentemente de onde eu vou tocar. Cria-se uma lealdade e acaba que a receptividade fica bem interessante ao ter essa troca com a plateia;, comenta o cantor Salomão di Pádua. Radicado há 16 anos na capital, o artista se apresenta semanalmente em, pelo menos, dois estabelecimentos da cidade e costuma ser convidado para participar de outros eventos que aparecem ao longo do mês, como tributos a Chico Buarque e a Maria Bethânia.
Pela versatilidade, o maranhense é certo nas programações que envolvem MPB, samba e até reggae. ;Acho que, com o tempo, você vai galgando e conquistando espaço e esse resultado vem da plateia. São eles que vão falando de um para o outro, até que você vira uma referência;, destaca o músico.
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