Diversão e Arte

Apesar da crise na Europa, árabes investem na compra de obras de arte

A atitude faz parte de uma estratégia de transformar a região em um polo cultural, atraindo turistas do mundo inteiro, principalmente os interessados em arte

postado em 25/06/2014 08:31
A tela Nympheas (1906) foi arrematada por um comprador anônimo
Um comprador anônimo arrecadou por nada menos que 31,7 milhões de libras (39,7 milhões de euros), em Londres, uma pintura de nenúfares de Claude Monet (1840-1926). A transação foi realizada na prestigiada casa de leilões Sotheby;s na última segunda-feira e registra a segunda maior soma paga por um trabalho do artista francês.

Antes de ser leiloada, a tela Nympheas (1906), um ícone do impressionismo, integrou a coleção do negociante de arte Paul Durand-Ruel e, depois de sua morte, passou a ser exposta em locais como o Museu de Arte Moderna de Nova York e o Museu Nacional de Arte Moderna de Paris.



[SAIBAMAIS]A pintura faz parte da série Os Nenúfares, pintada por Monet em meados do século 20. O preço alcançado no leilão superou as as expectativas de recorde com a venda de Composição em vermelho, azul e cinza, de Piet Mondrian, arrematada por 19 milhões de euros. Entre os possíveis compradores da obra, estão investidores do Oriente Médio, especialmente do Catar e dos Emirados Árabes. Em meio à crise europeia, os árabes estão investindo pesado na aquisição de obras de arte.

Essa atitude faz parte de uma estratégia bem planejada: transformar a região em um polo cultural, atraindo turistas do mundo inteiro, principalmente os interessados em arte. Já estão em construção uma filial do Museu do Louvre e outra do Guggenheim em Abu Dhabi. E, para alimentar a demanda crescente, a Sotheby;s abriu escritório em Doha e a Christie;s, outra famosa casa de leilões, em Dubai.

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