Muitos acreditam que eles sejam um só. Nos festivais de música eletrônica, de onde eles não saem, os sustos se repetem. ;Mais engraçado é quando a pessoa acaba de me ver e, logo em seguida, esbarra com meu irmão na direção contrária. A cara é impagável;, diverte-se João Paulo, gêmeo (quase) idêntico de Paulo Ricardo, de 21 anos. Os dois, especialistas em registrar a natureza, o nu e os cenários trances, começam a despontar pelo país como referências da fotografia alternativa. Cada vez mais conhecidos, os espantos andam rareando.
Pelas redes sociais, os Gêmeos VB são acompanhados por mais de 40 diferentes nacionalidades. Algumas fotos ultrapassam os milhares em curtidas e compartilhamentos. ;Começou de uma maneira despretensiosa. Uma vontade de registrar certos ângulos e momentos de ambientes eletrônicos.; O resultado inicial positivo motivou os irmãos a seguir adiante. ;Hoje, primordialmente, queremos transparecer a energia daquele instante capturado. Espalhar uma mensagem de paz, de coletividade.;
A tarefa, outrora encarada como hobby, tornou-se a atividade principal dos gêmeos, que cursam ciências biológicas na Universidade de Brasília (UnB). ;Somos convidados e pagos para cobrir os principais eventos de música eletrônica. Em alguns deles, temos a chance ainda de montar uma exposição;, releva João Paulo. Em junho, eles embarcam para a França, onde aprofundarão os estudos acerca da ecologia. ;Pegar esse conhecimento acadêmico e inserir em nosso olhar fotográfico;, complementa. Até lá, para atenuar a saudade por vir, eles não pretendem sair do mato.
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