Elba Ramalho é, no grupo dos artistas nordestinos, a de maior presença nos palcos da cidade. Cantora de grande popularidade entre os brasilienses, essa paraibana que, oficialmente, iniciou a carreira musical no Rio de Janeiro, já se apresentou aqui nos mais diferentes locais ; do Ginásio Nilson Nelson ao Ceilambódromo, passando pela Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional ; e sempre para grandes plateias.
De volta à capital, no próximo dia 31, Elba é a atração do Arraial Solidário 2014, evento beneficente promovido pelo programa Correio Braziliense Solidário, que vai ocupar o Net Live Brasília, casa de espetáculos recém-inaugurada no Projeto Orla, ao lado do Bay Park. O show da estrela da MPB está inserido numa festa de características juninas, antecipada em função da realização da Copa do Mundo, mas com a solidariedade como prioridade.
Na estrada com o espetáculo comemorativo dos 35 anos de carreira, a cantora relembra alguns dos melhores momentos que viveu em sua trajetória artística. Ela já foi Ave de Prata (nome do seu LP de estreia), flor, fruta, paisagem, comandou a ciranda, caiu no frevo no carnaval de Recife e botou fogo na mistura de ritmos. ;Nesse espetáculo levo ao público o que tenho de melhor para oferecer. Embora costume botar as pessoas para dançar, procuro, também, passar emoção, pois essa é, também, uma das funções da música;, destaca.
Repertório
O show que Elba faz no Arraial Solidário é uma espécie de resumo dos 30 discos e quatro CDs que lançou, nos quais destacam-se a alegria, o romantismo, a versatilidade ; marcas registradas do profícuo trabalho que desenvolve. Ela tem em sua companhia a banda formada por Marcos Arcanjo (violão e guitarra), Meninão (sanfona), Anjo Caldas (percussão), Durval Pereira (zabumba), Tostão Queiroga (bateria) e Ney Conceição (baixo).
Autênticos clássicos da música popular brasileira estão reunidos no repertório do show ; boa parte com o bom e forte sotaque nordestino. São canções como Anunciação (Alceu Valença), Ai que saudade de ocê (Vital Farias), Banho de cheiro e Bate coração (Carlos Fernando), De volta pro aconchego e Gostoso demais (Dominguinhos e Nando Cordel), Banquete de signos, Chão de giz e Frevo mulher (Zé Ramalho), além de Morena de Angola, do paulista Chico Buarque. Obviamente, não faltam os eternos xotes e baiões que fazem parte do legado do mestre Luiz Gonzaga.