É uma provável preocupação de todo artista conseguir fazer sua arte circular, rompendo barreiras. Jô Oliveira conseguiu isso de uma maneira inusitada: ilustrou diversos selos dos Correios, chegando a ganhar quatro vezes a medalha Olho de Boi de melhor selo brasileiro. Ganhou ainda o troféu de melhor selo do mundo. Sua formação se deu na escola de Belas Artes (RJ) e também na Hungria. "Quando fui para o exterior me dei conta que ia adotar minhas referências nativas. Sempre tive mania de ser brasileiro", brinca, durante o 2o encontro de Ilustradores da Flipiri.
Jô assina toda a identidade visual do evento; suas obras tem referências de cordel e da cultura nordestina. "As cores vivas e fortes que você encontra nas casinhas no Nordeste são próximas da percepção de crianças e de gente humilde", observa. "É muito importante valorizar a própria cultura.". Ele acredita que existe uma certa tendência a padronização da ilustração no contexto mundial. "Talvez por conta das referências de fácil acesso na internet. Você vê uma ilustração e não sabe se quem fez é americano, japonês ou mexicano.",critica.